Kalil rebate Bolsonaro: ‘Quando tinha 2% na campanha sabia meu nome’
Um dia antes do 3º ataque consecutivo do presidente Bolsonaro à sua gestão, o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), já havia rebatido suas críticas. “Eu sou responsável por tudo que acontece em Belo Horizonte, sim. Respeito o presidente da República; só que ele sabe meu nome. Quando ele tinha 2% (nas pesquisas) e pediu humildemente uma audiência na prefeitura, ele foi recebido. Ele sabe que eu chamo Alexandre Kalil. Ele sabe meu nome”, disse o Kalil durante entrevista ao jornalista Eduardo Costa, da Rádio Itatiaia na terça (12).
Kalil, Zema e Bolsonaro, fotos Amira Hissa/Ascom PBH, Reprodução/RomeuZema/Facebook
A reação de Kalil foi resposta ao fato de Bolsonaro chamá-lo, ao fazer a crítica, de “prefeito lá”, o “cara lá”. “Quem vota nos parlamentares é o povo. Por exemplo, eu pedi voto para candidato a prefeito de BH. Perdi. É natural. O cara lá está fazendo barbaridade agora, fechando tudo… E já tinha fechado tudo anteriormente”, criticou Bolsonaro nesta quarta (13).
“Buzinam aqui porque sou o responsável”
O prefeito voltou a dizer que é responsável, mas que gostaria que Bolsonaro coordenasse a pandemia em BH: ‘Eu não queria esse desgaste, mas o Supremo mandou’, observou, justificando o fato de receber buzinaço na porta prefeitura. “Eu sou o responsável. Eles não vão buzinar na porta do Palácio”.
Chamar o Zema para ajoelhar no pé do Bolsonaro
Kalil disse também, sobre obras federais na capital, que não tem problema em conversar com o presidente. “Não tem esse tipo de orgulho. Eu vou lá e dou a mão do Zema (governador) e chamo ele para ajoelhar comigo no pé do presidente. Ele não precisa porque é amigo íntimo do Bolsonaro. Ele fica em pé e eu ajoelho. Isso pra mim não tem problema”, disse ele, lembrando que os recursos do metrô foram anunciados pelo ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) de R$ 1 bilhão. “Disse na minha frente que o dinheiro estava assegurado”.
No dia seguinte a esses comentários, Bolsonaro voltou à carga contra Kalil e ganhou o reforço do governador Romeu Zema (Novo). Durante entrevista à Jovem Pan, Zema defendeu o presidente e alfinetou prefeitos mineiros, que, segundo ele, estariam se aproveitando da pandemia. Não citou o nome de nenhum deles, mas deixou no ar a possível acusação.
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