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Zema não pode ficar submisso nem pedir benção a Bolsonaro, diz AMM

Ao comentar as últimas iniciativas do governador Romeu Zema (Novo), que o distanciam de Bolsonaro, o presidente da AMM, Julvan Lacerda, disse que não pode haver relação de submissão. Admitiu que, em algumas situações, Zema esteve muito alinhado ao presidente, que, na sua avaliação, não assumiu sua responsabilidade nacional no combate à pandemia.


Na quarta (31), deputados estaduais, aliados e oposicionistas, cobraram do governador mais ação e menos submissão a Bolsonaro. A pauta era a lentidão da vacinação em Minas. Na sexta (2), o colunista Lauro Jardim, de O Globo, revelou desabafo de Zema contra Bolsonaro durante reunião com empresários.

Zema, Julvan Lacerda e secretários ampliam parcerias, foto Gil Leonardi/Imprensa MG


“Ele precisava do apoio dele para governar, mas não pode haver submissão. Os estados e municípios são entes federados. Não dá pra ficar pedindo benção. A relação tem que ser de parceria e não de montaria”, observou o presidente da Associação Mineira dos Municípios.


Onda roxa é solução disponível


De acordo com Julvan, a implantação da onda roxa foi uma demonstração de que o governador mudou perante Bolsonaro, porque “peitou a orientação” com as medidas mais duras. “A onda roxa é um remédio amargo, mas é o único que nós temos contra a pandemia”, considerou durante entrevista exclusiva a este jornalista. Veja a entrevista abaixo.

O jornalista Orion Teixeira entrevista o presidente da AMM, Julvan Lacerda


Julvan Lacerda, que também é vice-presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), afirmou que o presidente Bolsonaro atrapalha o esforço de quem combate a pandemia. Especialmente, o trabalho de quem está na ponta, como governadores e prefeitos. “O presidente fica dando de médico, mas não sabe nada. A gente fala e faz uma coisa, e ele aparece dizendo o contrário. No ano passado, quando gravei um vídeo para alertar a população, ele apareceu na TV dizendo que era uma ‘gripezinha’. Isso dificultou muito o nosso trabalho. Ele age como quem atira contra a própria tropa”, criticou Julvan Lacerda.


O líder municipalista ainda criticou o atraso da imunização, atribuindo o fato à “irresponsabilidade de quem comanda a Nação”. Avaliou também que o Plano Nacional de Imunização adota estratégia equivocada. “Em vez de faixa etária, deveriam vacinar por localidade para garantir a imunidade”, argumentou, segundo ele, em nome da eficiência ao controle da doença.


Falta kit intubação em 1.316 municípios


Hoje, mais do que vacinas, os prefeitos de Minas e do país estão pedindo socorro por insumos e kit básico para os pacientes da Covid-19. Segundo pesquisa da CNM, 1.316 municípios de todo o país estão apelando ao governo por kit de intubação, já que seus estoques são suficientes para alguns dias.


O levantamento foi feito entre os dias 23 e 25 de março. Uma semana antes, o presidente da AMM enviou ofício ao presidente Bolsonaro, ao ministro da Saúde e ao Congresso Nacional, fazendo apelo em nome dos municípios, mas não obteve resposta.


O presidente da AMM também criticou o Tribunal Superior Eleitoral que negou reivindicação das entidades municipalistas e manteve as eleições municipais no ano passado. “Começou ali o agravamento da pandemia”, apontou ele. Segundo Julvan, o mais adequado teria sido a prorrogação dos mandatos dos prefeitos até para coincidir com a dos governadores e do presidente.


“Se mantivessem os mandatos, os prefeitos estariam mais preparados para lidar com a pandemia. Quem chegou agora, ainda está aprendendo a lidar com os problemas”, observou.






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