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“Viramos inimigos”, aponta CDL/BH sobre relação de Kalil com o comércio

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, disse que o prefeito Alexandre Kalil (PSD), trata o comércio como “inimigo” e não quer papo. A constatação foi manifestada durante entrevista coletiva virtual nessa terça (26) ao contar as inúmeras vezes que bateu à porta da prefeitura na busca do diálogo.

Kalil vive relação conflituosa com o comércio da capital, fotos divulgação Ascom e ABR


O prefeito como os consumidores sabem que a CDL e entidades parceiras querem, sim, a reabertura do comércio. Além do pedido, o diálogo reivindicado é para saber como podem e de que forma devem reabrir a atividade sem agravar os indicadores da pandemia do coronavírus.


São 24 entidades ligadas ao setor que buscam o reconhecimento da realidade que os afetou. Além disso, querem demonstrar, até onde os números apontam, que o comércio não contribuiu para o agravamento da Covid-19, nem ofereceria risco que justificou seu fechamento. Os números referem-se aos indicadores que vão da ocupação dos leitos disponíveis ao índice de isolamento antes e depois e dos efeitos drásticos do fechamento.


“A PBH tem um problema seriíssimo”


“Já fizemos reuniões, mas não temos retorno, não conseguimos evoluir nas questões que colocamos. A Prefeitura tem um problema seriíssimo: quando colocamos posições contrárias ao que ela pensa, viramos inimigos. Estamos aqui para fazer ações em conjunto”, declarou Marcelo de Souza e Silva.


A PBH nega essa posição. Garantiu que a medida não trata de culpar o comércio ou qualquer setor econômico pela explosão de casos. “O objetivo, neste momento, é retirar o máximo de pessoas de circulação tendo em vista que nunca tivemos um contingente tão grande de pessoas contaminadas na cidade. Tão logo os indicadores permitam, a flexibilização será retomada”, adiantou a nota da administração municipal.


Souza e Silva citou ainda que, quando foi reeleito, Kalil declarou que “agora é a hora do comércio, de ajudar esse povo que quase quebrou”. De acordo com Marcelo Souza, apesar da declaração, Kalil não entrou em contato com a entidade para estabelecer um plano conjunto de retomada da economia na capital.


Tributos adiados


“O que vimos, só agora, foi o prefeito postergando o pagamento de IPTU e algumas taxas, e falando que vai estudar a questão de eliminar essas taxas. Isso foi o que chegou para a gente, mas não foi nenhuma oferta direta”, pontuou. Afirmou que a CDL-BH está disposta a fazer planejamento de reabertura gradual, em dias e horários reduzidos, mas que precisa do diálogo com a PBH para isso.


O dirigente não descartou, a exemplo de outras iniciativas, a possibilidade de entrar na Justiça pela reabertura do comércio na capital, mas ressaltou que prioriza o diálogo. “Nós achamos que não é o caso disso ainda. É legítimo quem queira entrar na Justiça, é uma opção, mas desde o início estamos pedindo o diálogo. A questão judicial não é descartada, porque preciso ouvir os associados da entidade, mas vamos exaurir a questão do diálogo. Dialogar à exaustão”, afirmou Marcelo de Souza.


De acordo com os dados das entidades do comércio, os índices de ocupação, apresentados pela PBH no dia 6 último, são reflexo direto do fechamento de leitos feito a partir de setembro passado. Esses índices apontam, hoje, 83,5% para UTI Covid e 63,7% para enfermaria Covid. Caso 451 leitos não tivessem sido desativados, os índices seriam e 70,3% para UTI e 57% para enfermaria.


Levantamento aponta desativação de leitos


Segundo esse levantamento, teriam sido desativados 175 leitos de UTI e 276 leitos de enfermaria que, até o momento, não foram reativados. “No último dia 24 de janeiro, foram registradas 503 internações em UTIs nas redes SUS e suplementar. No dia 6 de agosto de 2020, data da reabertura do comércio, eram 558 internações em leitos de UTI. A avaliação revela que o número de pessoas internadas atualmente é menor que na data de retomadas das atividades comerciais em agosto de 2020”, constatou estudo das entidades.


Segundo o presidente da CDL/BH, a reabertura dos leitos interessa não somente ao comércio, mas toda a população de BH. “Em agosto, tínhamos um leito SUS de UTI para atender 5.900 pessoas. Com a redução, hoje temos um leito para 8.250. É bom lembrar que não estamos pedindo a abertura de nenhum leito novo. Estamos cobrando apenas a reativação dos que foram fechados”, afirmou.


Os índices referentes ao isolamento social, apresentados pela PBH como motivador para novo fechamento do comércio, revelam que nos três dias úteis anteriores ao anúncio da paralisação, a média de isolamento era 46,03%. No último boletim epidemiológico, emitido dia 25, este índice registrava uma média de 45% nos dias úteis desde o fechamento. Ou seja, o isolamento social não diminuiu mesmo com o comércio estando fechado.


E mais, segundo a pesquisa, a frota do transporte coletivo foi reduzida, bem como os horários de circulação. “Isso tem gerado aglomerações em pontos de ônibus e os veículos têm apresentado excesso de passageiros. Tal realidade é contrária ao pregado pela administração municipal quando se refere à necessidade de isolamento social”, acentuou.


Belo-horizontino tenta driblar a Covid-19


Curiosamente, os belo-horizontinos têm migrado para as cidades da Grande BH para realizar suas compras. “Hoje, conseguimos comprovar mais uma vez que o fechamento do comércio não resolve o problema do aumento do número de casos de Covid na cidade”.


Em sua nota, a prefeitura adiantou que o comércio será reaberto assim que houver melhora nos indicadores epidemiológicos. “Hoje, dia 26, a taxa de transmissão continua próxima de 1, registrando 0,97. O impacto dessa dinâmica sobre as solicitações de internação é direto, mantendo o crescimento no número de casos graves que exigem algum tipo de internação, que seguem no nível vermelho (80%)”.





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