top of page

Trump, tarifas e Bolsonaros armam teatro de aloprados

O teatro armado por Trump, juntando política, tarifas e fake news, faz parecer ser retaliação contra o julgamento do acusado Bolsonaro. Como se sabe, o presidente dos EUA é bravateiro, já fez ameaças iguais e voltou atrás em várias outras. Nesse ato, os aloprados entraram em cena. De um lado, um quer proteger o pai e, para isso, conta suas visões, como aquela de que a Terra é plana. Do outro, um que pretende usar o episódio para resolver seus problemas internos com a guerra comercial com cada parte do mundo.

Lula não pode cair na narrativa e brigar com Trump e Bolsonaro, fotos Ricardo Stucker/PR e Alan Santos/PR


Lula não deve morder a isca, mas fazer do limão uma limonada, aproveitando o foco que lhe dará a mídia nacional e internacional, além da virtual, para contar como o Brasil está. Que funciona, que é independente e que suas instituições são fortes. Pega carona e exibe seus feitos, valorizando os três anos de governo 3.0.


Ao palestrar, na sexta (11), na 14ª edição do Conexão Empresarial (VB Comunicação), realizado no Vila Galé (Ouro Preto), o ministro Alexandre Padilha (Saúde), mostrou como fazer. Elencou os feitos da gestão e desfez fakes News. “Se o país quer ser soberano, não pode ficar dependendo de outro. Tem que apostar na diversificação dos produtos”, disse, apontando que, de 2023 até hoje, o Brasil abriu 312 novos mercados em todo o mundo para o agronegócio. E mais, garantiu que é mentira dizer que há déficit na balança comercial com os EUA.


No mesmo evento, o vice-governador Mateus Simões (Novo) manteve a versão bolsonarista segundo a qual “um mico está querendo enfrentar um gorila de 500 quilos”. “Se não queremos interferência em nossa soberania, lembremos que eles também são soberanos para tomar suas medidas. Negociação (é a solução), e já deveria ter sido iniciada”.

 

Assuntos de ricos


Guardadas as proporções, a guerra de narrativa lembra a discussão sobre queda ou subida do dólar, tema mais de ricos do que de pobres. Antes da atual crise, o país estava enfiado em outra que atingia mais os ricos. Ainda assim, a oposição e o Congresso Nacional queriam fazer crer que o aumento do IOF seria aumento de impostos para todos e, em outra, que o PIX seria taxado. Assuntos de rico que acabam contaminando a todos.

Ou seja, o discurso oficial sobre a economia está sendo engolido e distorcido pela oposição, e as pessoas começaram a acreditar. Agora, a narrativa é anistia para Bolsonaro ou taxação americana de 50% para todos, especialmente aos setores bolsonaristas, como o agro e a indústria. Os EUA nunca tentaram intervenção semelhante, além das bravatas, contra a Venezuela, por exemplo, que continua lá do mesmo jeito.


Grandes estão em silêncio


Fora desse teatro, os grandes exportadores sequer divulgaram nota, porque não há o que falar. Quando a JBS e a Embraer, por exemplo, exportam fazem contratos de 3 e 4 anos. Então, não há impacto imediato.


Guerra econômica é brutal


A China quebrou a indústria têxtil brasileira e, agora, está fazendo o mesmo com a do aço. Mesmo sobretaxados, os carros deles entram de maneira competitiva em nosso mercado. Nesse ponto, a China é mais cruel do que os EUA. Sobre isso, o vice-presidente de Assuntos Estratégicos da Usiminas, Sérgio Leite, espalhou o medo no evento do Vila Galé. Segundo ele, em cinco anos, a importação de aço chinês aumentou 340%, enquanto as vendas internas cresceram só 10% no mesmo período.

 

Simões e Cleitinho


Simões largou o perfil de centro para subir nas pesquisas como candidato da direita, um campo engarrafado. Ele avalia que, ao se tornar competitivo, irá provar que é melhor que Cleitinho. Não precisa disso, como exibiu durante o mesmo Conexão Empresarial, ao apresentar os feitos da gestão. A força da máquina a seu favor e as entregas da gestão são mais poderosas do que os arroubos da direita radical. E uma delas será apresentada, no próximo mês, na terra do concorrente (Divinópolis), com o hospital regional.

 

BH do sim e do não


Ao votar pela continuidade, BH disse sim ao projeto do ex-prefeito Fuad Noman (PSD), que tinha Álvaro Damião como vice, hoje prefeito após a morte do titular. Ele quer ser o prefeito do ‘sim’ e do ‘tudo pode’, que lembra experiências desastrosas. Em vez disso, bom prefeito é aquele que cuida da cidade, dizendo ‘sim’ aqui e ‘não’ ali. Fazer o dever de casa é o melhor caminho antes de buscar uma marca que se constrói com o tempo. Bares após 22 horas e a construção de arranha-céus, por exemplo, não estavam no programa de campanha, não foram discutidos nem a sociedade foi consultada.

 

Alencar abandona palavrões


O deputado estadual Alencar Silveira será sabatinado, nesta semana, pelos seis líderes da Assembleia Legislativa para se habilitar como candidato (único) ao Tribunal de Contas do Estado (TCEMG). O parlamentar está convencido de que ao virar  conselheiro terá que mudar a postura. “Hoje, falo tudo que quero, mas no tribunal vou ter que segurar a língua. Minha vida vai ter que mudar”, referindo-se ao rito e ambiente protocolar no TCEMG. Antes de tomar posse, a partir de outubro próximo, visitará suas principais bases eleitorais para agradecer pelos votos que o deixaram na Assembleia por 31 anos. “Minha única tristeza será que, como conselheiro, não poderei pedir votos para a candidatura a governador de Tadeuzinho (atual presidente da Assembleia) no ano que vem”, lamentou, enquanto ainda pode falar. 

 

 
 
 
Blog do Orion Julho 2025b.png
MAIS LIDOS
RECENTES
ARQUIVO

QUER SE MANTER INFORMADO?

Receba diretamente em seu e-mail, todos os dias, um resumo com as notícias mais quentes e relevantes, além de artigos exclusivos.

  • Grey Facebook Icon
  • Grey Twitter Icon
  • Grey Instagram Icon

© 2017 por Infograffo

bottom of page