Ata do Copom não reverte pessimismo do Comércio de BH
- Orion Teixeira
- há 3 dias
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Na ata sobre sua decisão, o Banco Central adiantou que os juros devem seguir estáveis depois da elevação de 0,25 ponto percentual, que fez a Selic passar para 15% ao ano. Os diretores do Comitê de Política Monetária se comprometeram a direcionar a inflação para a meta e anteciparam a interrupção do ciclo que levou a taxa Selic ao maior patamar desde julho de 2006. As razões apontadas referem-se à guerra no Oriente Médio e ao tarifaço norte-americano.
Ainda assim, o setor de comércio e serviços da capital mineira reprovou o sétimo reajuste consecutivo da taxa Selic. Na perspectiva da principal força econômica da capital mineira, o novo aumento demonstra que a política adotada pela autoridade monetária, ainda que tenha como objetivo o controle da inflação, tem sido um entrave à retomada do crescimento, em especial para os pequenos e médios negócios, que são mais sensíveis ao custo do crédito.
“A elevação da taxa básica de juros ampliará os desafios enfrentados pelo setor produtivo. Embora o controle da inflação seja necessário, juros mais altos restringem o acesso ao crédito, comprometem o consumo das famílias e reduzem a capacidade de investimento das empresas”, avaliou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva.
Para a entidade, um novo aumento tende a intensificar a desaceleração econômica, penalizando principalmente os pequenos e médios empreendedores, que ainda enfrentam um ambiente de incertezas e baixa demanda.
“O novo reajuste também pode provocar desaceleração nas vendas, aumento da inadimplência e retração nos investimentos. Defendemos que o combate à inflação precisa ser equilibrado com políticas que estimulem a produção, o consumo e a geração de empregos”, apontou o dirigente.

Presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, foi agraciado com a Medalha Alferes Tiradentes, foto Estevão Galvão
Liberdade Econômica
A CDL/BH celebrou a aprovação definitiva pela Câmara de BH do Projeto de Lei que institui a Declaração Municipal de Direitos de Liberdade Econômica (PL 1.013/2024). Com isso, ficam aprovadas normas de simplificação de abertura de negócios e outras diretrizes para proteção do empreendedorismo na capital.
Em convergência com a posição da entidade, o texto foi aprovado pelos vereadores em Plenário, no 2° turno, com 37 votos elaborados e apenas um contrário. Após a redação final, a medida será seguida para sanção do prefeito Álvaro Damião.
A CDL/BH avaliou a medida positivamente, para facilitar a abertura e o funcionamento das empresas.
Para o presidente da CDL/BH, o setor de comércio e serviços recebeu com entusiasmo a aprovação da Lei Municipal de Liberdade Econômica. "Parabenizamos os vereadores pela sensibilidade com os empreendedores. Acreditamos que essa iniciativa pode desburocratizar o dia a dia das empresas, dar mais segurança jurídica aos empreendedores e criar um ambiente mais propício para novos investimentos", disse. “Esperamos a sanção pelo prefeito e que as mudanças, de fato, facilitem a abertura e o funcionamento dos negócios, estimulem a geração de empregos e fortaleçam a economia do nosso município”, avaliou.
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