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Em campanha, Zema inaugura até obra que não fez nem colocou dinheiro

Zema não esconde de ninguém que vai tentar ficar mais quatro anos no governo nas eleições do ano que vem. Essa disposição transformou o governador em pré-candidato à reeleição pelo Partido Novo. Não foi autorizado nem impedido legalmente, muito menos de fazer pré-campanha durante o horário de trabalho. O que ele está fazendo?


Está intensificando viagens ao interior mineiro para reafirmar a força política do antigo Palácio da Liberdade, hoje, Cidade Administrativa (sede do governo mineiro). Para não perder a viagem, ele inaugura de tudo que possa lhe dar visibilidade e oportunidade de faturar, até mesmo obras que não fez nem investiu.

Zema inaugura obra com recursos de deputados do PT, foto redes sociais


Foi assim, nessa quarta (2), quando foi ao Sul de Minas para inaugurar obras e benefícios, alguns sem o correspondente investimento do governo. Em Poço Fundo, por exemplo, inaugurou 10 leitos de UTI, melhoria na qual não havia um centavo sequer do governo estadual. A obra contou com recursos da prefeitura local, do Hospital Gimirim e de emendas parlamentares de deputados federais de rivais, Odair Cunha e Emidinho Madeira. Os dois parlamentares são do PT. Veja placa abaixo de obra inaugurada

Governo diz que irá custear leitos


Em nota, o Governo de Minas informou que seus esforços são para prestar assistência e garantir o atendimento necessário aos pacientes que dependem do tratamento contra a Covid. “Ontem (2/6), foram inaugurados dez leitos de Uti em Poço Fundo, para pacientes com Covid-19. Além disso, o Governo irá repassar respiradores e outros equipamentos para custear as diárias dos leitos, no valor de R$ 1.600 cada, até a habilitação pelo Ministério da Saúde”.


Informou ainda que vem promovendo o fortalecimento do sistema de saúde em todos os municípios. “Desde fevereiro de 2020, a atual gestão conseguiu ampliar em mais de 130% o número de leitos de UTI em todo o estado, passando de 2.072 para mais de 4.800”. Os leitos de enfermaria, segundo a nota, tiveram crescimento de mais de 80%. “Eram 11.625 unidades. Atualmente, são mais de 21 mil. A macrorregião Sul teve expansão de 405 leitos. Eram 271 leitos de UTI, saltou para 676”.


Ataques aos deputados


Ainda assim, para se vacinar contra eventuais insucessos, o governador tem responsabilizado a Assembleia Legislativa de Minas, onde não tem, nem buscou ter, apoio da maioria. Em pouco mais de um mês (44 dias), Zema disparou ataques aos deputados estaduais que considera desalinhados aos seus projetos.


Lembrando aqui o que disse, em entrevista, no dia 19 de abril ao site Boletim da Liberdade, feito por empreendedores do Rio de Janeiro, comparando deputados a “mercenários”. “Muitos lá (na Assembleia) ainda pensam no “o que eu ganho com isso” do que “o que é bom para Minas Gerais. Isso faz com que tudo fique mais difícil. Nós precisamos desse espírito de doação no setor público. Da mesma forma que muitas pessoas vão trabalhar em organizações sociais, em ONGs, até sem remuneração. O setor público precisa mais desse espírito de voluntário e não de mercenários. E infelizmente, muitas vezes esse é o tipo de pessoa que o procura”, disse Zema sem citar nomes, mas acentuou que o Legislativo “está dentro desse contexto que falei”.


Não houve desmentidos depois, mas sua assessoria chegou a divulgar nota para dizer que não era bem assim. Na terça (2 de junho), o governador repetiu a façanha, durante entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, em São Paulo. Zema disse que não entendia por que deputados não votaram, até agora, seu projeto que destina os recursos do acordo com a mineradora Vale. Veja entrevista abaixo.

Crítica à demora na votação de projeto


“O que que eles querem? Fizemos de tudo, com aval da Justiça, para fazer novas obras e concluir obras inacabadas. Está lá há 90 dias. Agora, a Assembleia não tem tempo para votar o projeto”, disse ele, colocando em desconfiança a intenção de alguns deputados. Novamente não citou os nomes deles. Isso, com certeza, não irá ajudá-lo no plenário legislativo.


Entre uma e outra, no dia 30 de maio, outra trombada. Na avaliação dos deputados, ele se apropriou de proposta aprovada, em 1º turno, por eles, criando auxílio emergencial de R$ 500 para famílias de baixa renda afetadas na pandemia. Em resposta, criticaram duramente o governador e ampliaram o auxílio para R$ 600,00 na votação final.


Em entrevista exibida no último sábado (29), no programa Entrevista Coletiva, da TV Band, o vice-governador Paulo Brant (agora sem partido) criticou a fraca articulação política. Por essa razão, não acredita na aprovação de alguns projetos tidos como prioritários. Foi citada a privatização da Cemig e de outras estatais.


“Desce o cacete na Assembleia”


O deputado Cristiano Silveira (PT) reagiu, em plenário, dizendo que não dá para votar o projeto do governador dessa maneira. E criticou a entrevista do governador. “Ele parece que fica entusiasmado. Quando está falando com a imprensa, desce o cacete na Assembleia. A culpa de todos os males de Minas Gerais é da Assembleia. Impressionante. A Assembleia que tem, e sempre teve, boa vontade com as pautas que o governo enviou”, rebateu, citando as discussões em torno da Reforma da Previdência. Apontou ainda a aprovação da antecipação de recebíveis pela exploração do nióbio de Araxá, no Triângulo, liberada em 2019.


Em sua primeira manifestação sobre o projeto do acordo da Vale, o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), adiantou, no dia 31 de maio, que já há consenso para algumas propostas. Para outras, não, e que poderiam ser alteradas, afirmando que as questões sociais estariam garantidas. “Esse é um acordo que fizemos com todos os líderes da Casa”, afirmou, admitindo consenso com relação a alguns investimentos. E citou os hospitais regionais, o Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte e questões de infraestrutura no Estado.


Reconheceu também que algumas ações previstas precisam ser mais bem discutidas. “Nós entendemos que a troca da fiação elétrica da Cidade Administrativa, por exemplo, não é um ponto que mereça atenção neste momento. Os R$ 42 milhões previstos para isso podem ter sua destinação modificada através de emendas”, apontou o deputado. Em nota à coluna, o Governo de Minas informou que esse recurso envolve várias melhorias na sede do governo estadual.


Debate ampliado


O projeto (acordo da Vale) foi tema de discussão, em encontro informal, entre Agostinho Patrus e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Gilson Soares Lemes. Também participaram, o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares, o defensor geral Gério Patrocínio, e o presidente do Tribunal de Contas, José Alves Viana.


A maioria deles chegou a participar do acordo, que teve mediação judicial, do governo com a mineradora. Nova reunião entre eles está marcada para a próxima segunda-feira (7/6), quando será dada continuidade aos debates sobre o tema. Não há informação sobre se algum representante do governo mineiro foi convidado.


De acordo com nota do governo, o projeto trata de propostas aprovadas pelos demais compromitentes – Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública. E ainda foram homologadas pelo TJMG.


“Importante ressaltar que, na área da Saúde, os projetos previstos irão possibilitar também a retomada das obras de Hospitais Regionais, reestruturação de unidades da Fhemig e da Funed, com investimentos superiores a R$ 1,3 bilhão. Recursos antecipados e ratificados pelo Termo também viabilizaram melhorias no Hospital do Ipsemg, como a ampliação dos leitos de CTI”.




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