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Aliados de Bolsonaro e Zema se unem contra Kalil e armam duas CPIs na Câmara de BH

Como tem CPI em Brasília para investigar o governo Bolsonaro na pandemia e outra, em Minas, sobre o governo Zema (Novo), a oposição criou também para uma Kalil na Câmara de BH. Mais do que isso, foram duas de uma vez só. Uma sobre os gastos de saúde na pandemia e outra para tentar abrir a maldita caixa preta da BHTrans (empresa municipal de trânsito e transporte da capital).

Câmara de BH vira palco das disputas estaduais e até presidenciais (Cláudio Rabelo/CMBH)


Não foi só porque tem CPI lá e acolá. Existem outras duas razões sempre políticas para isso: a numérica, referente à nova correlação de forças local, estadual e nacional, e a pré-eleitoral. No primeiro caso, o prefeito Alexandre Kalil (PSD), ao contrário do mandato passado, tem uma maioria frágil de apenas 23 dos 41 vereadores. Em resumo, maioria simples; já a oposição conseguiu crescer e tem hoje 14 vereadores, número suficiente para instalar uma CPI, mas não conduzir seu relatório.


O outro fator é a influência das eleições estaduais do ano que vem. Como se diz por aí, Kalil é pré-candidato a governador. Por isso, seus principais adversários, praticamente os mesmos da eleição municipal passada, se uniram contra ele. A começar pelo maior interessado, o governador Romeu Rema, que pretende disputar a reeleição. Como motivos semelhantes, os bolsonaristas entraram nessa.


Reforço oportunista


Ambos os segmentos, ganharam um reforço oportunista a partir da formação da tríplice aliança que uniu o partido Novo, de Zema, e os aliados de Bolsonaro, que sequer consegue ser filiado. O terceiro vértice e definidor foi a adesão do deputado federal Marcelo Aro (PP), que, de Brasília, atua para desgastar Kalil e ajudar Zema. Somados, eles representam 14 votos. Então, montaram a CPI e farão dela o palco de desgastes ao prefeito.


O fato novo dessa oposição é o rompimento de Kalil com Marcelo Aro. Isso já havia custado derrota a Kalil, na Câmara, de seu projeto que viabilizaria obra contra as enchentes na Avenida Vilarinho, em Venda Nova (Norte de BH). E qual foi a razão do rompimento entre eles? Aro fez opção por Zema. Com seu pai Zé Guilherme (PP), que é deputado estadual, articulou formação de bloco de apoio a Zema na Assembleia, o que irritou Kalil. A partir daí, se desentenderam.


Além de deputado federal e do pai deputado estadual, Aro tem o controle sobre seis votos na Câmara, entre eles o de sua mãe, a vereadora professora Marli. Na soma, o partido Novo tem outros três e os bolsonaristas mais três. Agora, ganharam o apoio de outros dois. Entre eles, o vereador Reinaldo Gomes, o único do MDB, mesmo do partido do principal articulador político de Kalil, que é o secretário Adalclever Lopes. Tudo indica que Adalclever, que foi presidente da Assembleia por dois mandatos e tido como hábil articulador, não tem o controle partidário. Ele tentou tirar o deputado federal Newton Cardoso Júnior, que é alinhado a Zema, da presidência do MDB, mas perdeu também. Newton continuará no comando por mais um ano. O cenário é de turbulências que estão vindo por aí para o lado do prefeito, mas não haverá riscos além do desgaste, por enquanto.


Cartilha do Crea para prefeitos


O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas (Crea-MG) lançou a cartilha “Ideias e soluções para os municípios – Contribuições da engenharia, da agronomia e das geociências”. A iniciativa teve o apoio da Associação Mineira de Municípios (AMM).


A ideia é auxiliar prefeituras e câmaras municipais a superar desafios relacionados à área técnica, proporcionando, assim, segurança, equilíbrio ambiental e cumprimento da legalidade.


A publicação também mostra como essa parceria entre o Crea-MG e as administrações municipais pode se tornar benéficas para todos. Os temas abordados no documento estão agrupados em torno de seis eixos: meio ambiente, urbanicidade, impacto das chuvas, alimentos, rodovias e valorização das profissões.


O presidente do Crea-MG, engenheiro civil Lucio Fernando Borges, acredita que, por meio da cartilha e da celebração de convênios de mútua cooperação, o Conselho poderá contribuir para a discussão das políticas setoriais do município. “O Conselho dá mais um passo em direção ao estreitamento das relações com prefeituras, câmaras municipais e suas entidades representativas. Esse caminho, que é de mão dupla, levará, com certeza, a uma maior inserção da engenharia, da agronomia e das geociências na vida cotidiana dos municípios”, ressaltou Borges.




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