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Presidente da Assembleia consolida o isolamento do vice-governador

Principal aliado do governador Fernando Pimentel (PT), o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever Lopes (PMDB), ampliou sua liderança política no estado e em seu partido, ao mesmo tempo em que isolou o vice-governador e presidente estadual do PMDB, Antônio Andrade. Na semana passada, no dia 22, Adalclever reuniu integrantes da bancada estadual e federal durante almoço na Assembleia e, à noite, os atraiu novamente, junto com prefeitos, vereadores e lideranças políticas, para evento de inauguração da nova sede regional da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB.

Estiveram presentes quatro dos seis deputados federais e oito dos 13 estaduais, além de dois secretários de estado filiados ao partido. “Inauguramos esse espaço democrático para todos os cidadãos e, principalmente, para os filiados ao PMDB. Aqui encontrarão, na sua história e em seu caráter, as raízes fundacionais de nossa querida Fundação Ulysses Guimarães”, disse Adalclever.

Andrade não foi ao evento, realizado em uma antiga sede do partido mineiro, local onde, a partir de agora, serão feitos os encontros do PMDB de Adalclever, esvaziando a atual sede da legenda, onde despacha o presidente estadual com seu grupo, cada vez mais reduzido. No dia 17, por pressão da bancada estadual peemedebista, cujo porta-voz é Adalclever, foi demitido o filho do vice-governador, Eduardo, do comando da Gasmig, a estatal do gás.

Aliado do grupo do presidente Michel Temer, Andrade conta com o apoio nacional para se manter no comando partidário por meio de prorrogação do mandato, que termina neste semestre. Após as delações que ameaçam o futuro do governo Temer, Andrade perdeu ainda mais apoio para esse objetivo. Sem espaço no partido, desde as eleições passadas, ele tem se aproximado dos tucanos, que, junto com Temer, caíram em desgraça com as delações e gravações.

Ponte entre a situação e oposição

Paralelamente, Adalclever vem reafirmando sua importância para o governador Fernando Pimentel ao exibir controle absoluto da Assembleia Legislativa. Na semana passada, quando recolocou todos os deputados para votarem em plenário, ainda sacramentou acordo com a oposição para votação de projetos de interesse do governo, como o que cria seis fundos públicos estaduais de incentivo e de financiamento de investimento e tem sido alvo de críticas de parlamentares contrários à proposição. Por essa proposta, o estado pretende vender ou hipotecar cerca de cinco mil imóveis e tirar as contas do estado do vermelho, segundo preveem os secretários da área.

Por conta dessa negociação, a Assembleia Legislativa apreciou, de 24 a 25 de maio, 31 projetos de lei e quatro vetos do governador Fernando Pimentel. O acordo para as votações só foi possível depois que as lideranças da situação aceitaram retirar o pedido de urgência do projeto dos fundos imobiliários. Havia mais de 100 dias, desde o início do ano, que a Assembleia nada votava.

Para o líder do Bloco Verdade e Coerência, deputado Gustavo Corrêa (DEM), a oposição se sentiu vitoriosa com o recuo do governador, que possibilitou colocar fim ao processo de obstrução às votações. “Houve a busca do entendimento”, afirmou. Já o líder do governo, deputado Durval Ângelo (PT), também avaliou positivamente o processo de negociação. “Qualquer Casa (legislativa), para ser democrática e local de entendimento, tem que votar com diálogo entre oposição e situação”, disse. Tudo somado, o resultado foi obra da condução política de Adalclever.

FOTO: JORNAL O TEMPO - Adalclever e Antônio Andrade, quando eram aliados políticos

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