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Zema ou Kalil?: pesquisa acentua quatro tendências para eleições 2022

Mesmo a um ano da campanha, as pesquisas acompanham os movimentos eleitorais e também pré-eleitorais, especialmente quando os políticos já agem pensando na eleição. Mas o que é interessante a ser observado na pesquisa divulgada pelo instituto AtlasIntel, no jornal Valor Econômico, é que ela acentua quatro tendências para a disputa de 2022.


A primeira delas é a de que a eleição deverá ser polarizada entre o governador Romeu Zema (Novo) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). De acordo com seus dados, há um empate técnico entre eles: 35,5% para Zema e 32,9% para Kalil. A segunda tendência é de que não há espaço para a terceira via, um terceiro nome na disputa.

Zema e Kalil estariam empatados tecnicamente, segundo pesquisa AtlasIntel/Valor Econômico, fotos Henrique Coelho/BHAZ e Amira Hissa/PBH


Somadas as duas tendências, sinalizam uma terceira, de decisão ainda em primeiro turno. A quarta possibilidade refere-se aos outrora poderosos partidos, PT e PSDB, que perderam a influência e estão fora do páreo, sem competitividade.


Sinais são ruins para o governador


Apesar da distância do processo eleitoral, teremos que nos acostumar, daqui pra frente, com a presença mais frequente das pesquisas, tentando desvendar o que passa na cabeça do eleitor. Será assim até o dia da verdadeira pesquisa, que é aquela que emergirá das urnas de outubro do ano que vem.


É bem verdade que o momento atual, de pré-campanha, não apresenta uma visão integral do quadro que se formará até o início da campanha do ano que vem. Como detectou a sondagem, os sinais estão no ar, no cotidiano dos mineiros. São indicadores a serem pensados pelos políticos envolvidos e pelos que ficaram de fora.


Tudo somado, o resultado é ruim para Romeu Zema porque ele é mais conhecido, em tese, do que Kalil, que transita com maior frequência pela Grande BH. O governador, ao contrário, circula por todo o Estado, cada vez com mais desenvoltura, inaugurando e levando benefícios públicos. E ainda dispara suas críticas para aqueles que travam sua gestão. Ou seja, deveria ter vantagem maior.


Zema contra Zema


O principal adversário de Zema, porém, não é Kalil, mas o próprio Zema e seu partido, o Novo. Afinal, na campanha de 2018, disse que o carrapato (governo) era maior do que a vaca (povo mineiro) e que iria corrigir isso. Ele chegará ao seu quarto ano de governo com déficit de R$ 12 bilhões, um pouco maior do que o do antecessor Fernando Pimentel (PT). Culpou o petista pelo rombo herdado, mas, agora, começa a eleger outros responsáveis por esse insucesso. A Assembleia Legislativa virou alvo preferido.


Disse também que não pagaria penduricalhos para secretários, sequer salários. Registrou em cartório a promessa, logo depois quebrada. Falou que iria resolver o parcelamento dos salários dos servidores, mas não conseguiu ainda cumprir suas metas. Falava mal dos políticos e partidos, agora, já quer fazer coligações partidárias e já os colocou pra dentro do governo.


De seu partido, a situação é também complicada porque o Novo vive uma guerra interna entre a ala bolsonarista e a antibolsonarista. O ex-presidente da legenda e fundador, João Amoêdo, foi lançado candidato a presidente pela ala dos contra. Os alinhados ao presidente Bolsonaro, dos quais Zema é militante, lançaram o deputado federal mineiro Tiago Mitraud.


Já o prefeito Kalil deve ter ficado surpreso com a pesquisa que o colocou, sem fazer campanha ou viagens, em pé de igualdade com o governador e principal adversário. A medição tem seus graus de incerteza, mas serve como bússola para ambos os lados se organizarem e corrigirem o que tiver que ser.


Voto impresso é “pauta pequena”


Para quem era acusado de ficar em cima do muro, quando o assunto é Bolsonaro, Zema está tentando se distanciar dele. No dia 1º de junho, criticou a proposta de voto impresso defendida pelo núcleo bolsonarista. “Em vez de discutir reformas, ficam discutindo se urna precisa de impressora. Nós ficamos imprimindo extrato bancário ou confiamos na tela do computador?”, questionou o governador em entrevista ao Pânico, da Jovem Pan, em São Paulo.


Na avaliação dele, o país fica discutindo “pautas pequenas e se esqueceu das grandes”. De acordo com Zema, as pautas deveriam ser as reformas administrativa, tributária, política, entre outras. Não citou o autor e defensor da proposta, o amigo dele e aliado Jair Bolsonaro. Sobrou para o Congresso Nacional.




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