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Zema arranca como favorito e Kalil vem atrás, doido para dar o bote

Do ponto de vista político e administrativo, o governador Romeu Zema (Novo) começou bem o ano de 2021. Pesquisa do Instituto Paraná, divulgada nessa quarta (24), confirma o bom momento do governador nos dois sentidos. Embora as crises que nos cercam, a econômica que vem desde antes do governo dele, e a sanitária, com a pandemia durante a gestão, ainda ameaça a todos, inclusive ele, Romeu Zema.

Zema e Kalil emergiram das urnas municipais como pré-candidatos a governador em situações antagônicas (Henrique Coelho/BHAZ + Amira Hissa/PBH)


De acordo com o instituto, Zema larga, nessa pré-campanha, como favorito em todos os cenários. Somente naqueles em que duela diretamente com seu principal adversário, o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), a liderança do governador cai à metade, mas com bastante folga. Após ouvir 1.638 mineiros maiores de 16 anos, de 86 municípios, entre os dias 18 e 22 de fevereiro, apurou intenções de voto de 43,8% para Zema. Kalil ficou com 23,5%, vinte pontos atrás. Se o prefeito de BH fica de fora, a frente de Zema ultrapassa os 30%.


Gestão aprovada favorece reeleição


Melhor do que esse dado é o que avalia sua administração. Nessa, Zema bate os 70%, mesmo índice de sua histórica e inusitada eleição no segundo turno de 2018. (Não, necessariamente, por ele, mas esse é um ano para ser esquecido e minimizado pelos livros de história. Pior do que ele, só o da pandemia). É na avaliação da gestão que os candidatos à reeleição costumam ter sucesso.


Foi assim com Kalil, que acabou por conquistar a reeleição em primeiro turno, com quase 70% de votos. Pra quem nunca foi político, isso configurou um case. (Alguns políticos devem pensar: “estou nesse troço há mais de 20 anos e não sei ganhar tanto voto).


As vitórias de Zema e Kalil os credenciam a voos mais altos. Em segundo lugar, o cargo que ocupam lhes dá visibilidade. Ganham mídia espontânea todos os dias e sempre associada a ações de interesse do grande público. É uma baita vantagem sobre os demais.


Ilusão é para amadores


Nem assim, os que estão na frente e os que estão atrás devem se iludir ou desiludir. A pesquisa é um instrumento de orientação do momento. E o que está ensinando agora? Muita calma nessa hora, porque o jogo é jogado e o lambari é pescado. Na eleição passada, Zema começou a vencer a eleição nos acréscimos do primeiro turno e faturou no segundo turno.


A aprovação da gestão Zema ainda precisa ser melhor compreendida, especialmente numa realidade como essa. A pesquisa não esclarece, por exemplo, o que está sendo aprovado em termos de gestão, se é na saúde, na recuperação econômica ou não. Até porque, em ambos os casos, os resultados não são bons. Provavelmente, a boa avalição vem dele na gestão vem mais da credibilidade que o governador desfruta no eleitorado médio, especialmente o do interior, do que da realização.


Com seu estilo mineirês do interior, o governador não entra em bola dividida, não faz ataques políticas nem defesas de coisas indefensáveis. Faz um papel de bom moço e bem intencionado. O único e principal desafio dos governantes hoje é o combate ao coronavírus e, para isso, Zema conta com a parceria de 853 prefeitos, uns mais outros menos eficientes na causa. O presidente da República tem uma atuação altamente reprovada nessa área e, ainda assim, mantém aprovação, como diz o próprio instituto Paraná.


Acordo da Vale dá novo fôlego


Do ponto de vista administrativo, ele começou o ano dando sorte. Com o fechamento do acordo judicial com a mineradora Vale, no valor de R$ 37,7 bilhões, por reparação da tragédia de Brumadinho (Grande BH), terá acesso a R$ 4 bilhões até o final de 2022. Não é pouco para quem tem, neste ano, apenas R$ 250 milhões para investimentos, dos quais R$ 70 milhões em recuperação de estradas.


Com a grana, poderá fazer agora uma grande obra para chamar de sua e que já tem até nome que é o Rodoanel, o anel rodoviário em torno de BH, para desafogar o trânsito. Com todos os seus efeitos positivos e negativos para a economia e o meio ambiente.


Tudo isso, dentro de um quadro que está a 21 meses da eleição do ano que vem. Poderá ser mantido. Vai depender do desempenho de Zema, da realidade atual e futura e do adversário. É preciso lembrar que o governador não jogará sozinho; haverá alguém do lado oposto que também sabe jogar e tem lá também seus trunfos.


Polarização anunciada


Pelo que vimos, o outro lado atende, no momento, pelo nome de Alexandre Kalil. Apesar do histórico polêmico e vitorioso no mundo do futebol, ainda é pouco conhecido no interior mineiro. Ainda assim, Kalil está com bom posicionamento na pesquisa eleitoral, sem fazer viagens e aparecer na mídia do interior, sinal de que as ações do prefeito da capital irradiam para o interior.


Os dois já admitiram ser pré-candidatos. Isso por si só já deflagrou a pré-campanha eleitoral, mas uma campanha em sua plenitude coloca ambos com mais visibilidade por todo o estado. E mais, com a oportunidade do contraponto, da comparação de um com o outro. Cada um apontando as qualidades próprias e os defeitos dos outros. Isso tudo, mais a possibilidade de uma terceira via e de outras composições deixam o quadro imprevisível.


O cenário que está aí desenhado é o mesmo que, de uma forma ou de outra, o meio político, intuitivamente, já vislumbra: o da polarização Zema versus Kalil. Pode-se planejar e prever, mas ninguém controla o futuro


Pacheco ficou pequeno na pesquisa


A ascensão dele no plano nacional poderá apontar-lhe outro caminho. Talvez, até mesmo na sucessão presidencial. Em um quadro de polarização, direita, esquerda, conservadores, progressistas, briga de foice, ele poderá surgir como uma terceira via em favor de uma pacificação nacional. Em favor de uma proposta política que, em vez de vencido ou vencedor, aponte um caminho da conciliação possível.


No dia em que recebeu Bolsonaro no Congresso Nacional, ao lado do Lira, houve pequeno agito das torcidas de ambos (e opostos) lados. Foi necessária intervenção de Pacheco na condição do anfitrião. E o fez de maneira serena, dando lições de convivência política para, naquele momento, a oposição (Psol), mas com alcance para o outro lado, que pratica, o tempo todo, a intolerância política. Em seguida, a coisa pacificou e o Bolsonaro pôde falar.


Observando a cena, o deputado Miro Teixeira (Rede/RJ) comentou com um deputado mineiro. “Esse mineiro de vocês tá com jeito! Você viu que ele está cumprimentando os outros como JK?” O deputado mineiro que me contou a historinha recebeu minha pergunta no ato: “E como é o jeito de JK cumprimentar as pessoas?”. Ele disse “com as duas mãos, ele segura a mão do interlocutor”, sinal de atenção e até respeito.




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