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"Vamos parar de pensar em campanha", cobra Tadeuzinho

A fala dura, em tom de advertência, foi feita ontem pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Martins Leite (MDB), ao avaliar o futuro da dívida do estado. Ele criticou também a postura do governo federal, o credor de R$ 170 bilhões, mas o inconformismo maior foi endereçado ao governo mineiro.


Em vez de dialogar e buscar solução para as finanças de Minas, Zema (Novo) está lançando sua pré-campanha para presidente neste sábado em São Paulo. O presidente da Assembleia pediu que o governador desça do palanque para resolver antes os problemas do estado.

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Presidente da Assembleia, Tadeu Leite (MDB), concede entrevista coletiva, foto Ramon Bitencourt/ALMG


“O governo do estado está aqui neste momento trabalhando com essa discussão, mas também existe uma discussão política eleitoral nesse momento. O governador está fazendo o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência nesta semana, em uma semana, e em um mês, talvez, fundamental para se discutir a dívida. Então, será que é a prioridade do governo? Ou é fazer política? Eu falo dos dois lados. Estou falando do governo do estado e estou falando do governo federal”, disse.


Além disso, o parlamentar defendeu a postergação do decreto que estabelece as diretrizes para adesão ao programa (31 de dezembro deste ano). Ante a falta de diálogo entre o governo mineiro e o federal, Tadeu adiantou que irá a Brasília para tentar ampliar os prazos de conclusão e adesão ao Propag.


Em vez disso, o vice-governador Mateus Simões (Novo) faz graves acusações contra o governo federal, em meio à dívida que a atual gestão herdou e não quis gerenciar em sete anos de mandato.


Conciliador, Tadeuzinho atuou como bombeiro e chamou ambos os governos à responsabilidade sobre a administração pública. “Nós precisamos sentar à mesa. Quem está preocupado com 2026, eu acho que 2026 está muito longe. Nós temos que descer do palanque, nós temos que parar de preocupar com o voto lá em 2026 e resolver o problema de Minas. Este é o problema mais urgente que nós temos”, disse.


Falta a Zema o lado B


Toda vez que concede uma entrevista para um veículo nacional, o governador Zema faz seu comercial e o dever de casa, que é ser antipetista, mas pouco ou nada diz sobre o seu governo. Ao final das entrevistas, é mais um anti-Lula pedindo passagem entre outros cinco que usam a mesma narrativa. Fica devendo o lado B de seu projeto, que é apresentar exatamente o que fez durante os oito anos que irá completar à frente de Minas no próximo ano.


Feitas as contas, os concorrentes de Zema à presidência têm indicadores melhores do que os dele. Nesse contexto, os governadores Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Jr. (Paraná) estão à frente dele na aprovação da gestão e nos indicadores econômicos e sociais. O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) está à frente de todos esses pela identidade com o campo da direita e bolsonarista, embora sua gestão, nos três primeiros anos, se equipare à de Zema.


Tudo somado, Zema quer repetir a estratégia de 2018, de entrar de penetra na festa política, agora, no plano nacional, em que, até pouco tempo atrás, os governadores de Minas eram altamente competitivos.


 
 
 
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