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STF e Câmara freiam bolsonarismo radical; ministro acusa dinheiro internacional

Primeiro foi um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, depois, todos os 11 ministros da Corte; em seguida, 364 deputados da Câmara Federal. Essas iniciativas e placares inquestionáveis mantiveram, na semana passada, em primeiro plano, a prisão do deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL/RJ). Além de agressões aos ministros do Supremo e defesa da violência política, Silveira defendeu, em vídeo nas redes sociais, o AI-5, o instrumento mais sanguinário da ditadura militar (1964/1984).


No segundo e principal plano, as decisões traziam a mesma disposição em barrar o extremismo da ala bolsonarista que tentava resgatar os atos antidemocráticos de 2019. Com a decisão, o STF susta e assusta os extremistas que, por meio da imunidade parlamentar, julgavam poder agir após a trava dada a seguidores, como Sara Winter e cia.

Bolsonaro entre os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, do STF, fotos Antônio Cruz/ABr, Nelson Jr. e Felipe Sampaio/SCO/STF


Em palestra na Fundação Getúlio Vargas, nesta segunda (22), o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a prisão foi “importante marco no combate ao extremismo antidemocrático”. No evento, ainda mandou recados indiretos ao presidente Bolsonaro e disse que as acusações de fraude nas eleições são infundadas.


Financiamento do estrangeiro


O presidente vem afirmando, consecutivamente, que tem provas de fraude nas eleições de 2018, vencidas por ele mesmo, mas nunca as formalizou. Disse mais que o Brasil pode viver “experiência pior” do que a dos Estados Unidos caso não adote o voto impresso. O mandatário referia-se à invasão do Capitólio, o Congresso Nacional de lá, no dia 6 de janeiro, quando seria (e foi) confirmada a eleição do atual presidente, o democrata Joe Biden.


Um dia antes, no domingo (21), o ex-presidente e ministro do STF, Dias Toffoli, antecipou situação grave e de alto risco. Disse que, no inquérito das Fake News, Alexandre de Moraes identificou dinheiro internacional no financiamento dos atos antidemocráticos no país. Através da quebra de sigilos bancários, foram flagrados recursos estrangeiros a pessoas que usam as redes sociais para desestabilizar a democracia brasileira.


“Esse inquérito que combate as fake News e os atos antidemocráticos já identificou financiamento estrangeiro internacional a atores que usam as redes sociais para fazer campanhas contra as instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional”, disse Toffoli, durante entrevista ao Canal Livre, da Band.


Milícias digitais atacam 3 pilares


Em sua palestra, intitulada ‘Eleições 2022 e Desinformação no Brasil – Riscos e desafios para o processo eleitoral brasileiro no ambiente digital’, Moraes denunciou as milícias digitais. Apontou que elas atacam três pilares da democracia: eleições livres, liberdade de imprensa e independência do Judiciário.


O objetivo dos extremistas é tentar colocar em dúvida o sistema político e manipular a opinião pública para corroer a democracia. “Esse mecanismo vem sendo repetido já há algum tempo em países da Europa, nos Estados Unidos e vem sendo repetido no Brasil com retorno de um populismo absolutamente fascista, discriminatório e com forte discurso de ódio”, acusou Alexandre de Moraes.


De acordo com ele, as milícias digitais são “extremamente profissionais” e formadas em quatro núcleos. Primeiro, o produtor, que faz os conteúdos; depois, o difusor, que usa robôs para propagar as mentiras. Em seguida, viria o político, que aproveita a difusão para fingir que esta é a vontade da população e, por último, o financiador, formado por empresários.


Responsabilização na terra de ninguém


Ainda na palestra, defendeu que o Congresso Nacional aprove legislação de combate às fake News, criando mecanismos de responsabilização das empresas que administram as redes sociais. “Só assim, as redes sociais deixarão de ser “terra de ninguém”, onde liberdade virou libertinagem”, advertiu. Na avaliação dele, as redes sociais deveriam ser consideradas empresas de mídia para terem as mesmas responsabilidades que os veículos de imprensa. “Se é verdade que vivemos o maior período de estabilidade democrática, não é menos verdade que, com as milícias digitais, estamos sofrendo o ataque mais vil às instituições”, afirmou.


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