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Amuado, Zema terá que esperar por Brasília

Ao confirmar a insatisfação, o governador Zema (Novo) classificou de “falação e nada de solução” a proposta alternativa para a dívida de Minas. A nova solução, menos traumática para o maior problema do governo dele, foi apresentada pelo presidente do Congresso Nacional, senador por Minas Rodrigo Pacheco (PSD). Mesmo sendo ajudado, Zema criticou as negociações e com o governo federal, o credor da dívida de R$ 160 bilhões, da qual o estado é o devedor.

Governador Zema não esconde o aborrecimento com Pacheco e petistas, foto Cristiano Machado/ImprensaMG


Pacheco só não o chamou de mal-agradecido, mas rebateu dizendo que não se resolve de uma para hora um problema que não foi resolvido pelo próprio governador nos últimos cinco anos. Zema poderia ter dormido sem essa, mas, como dizem lá em Araxá, “chumbo trocado não dói”. O fundamental, e o que vai prevalecer, é que o confronto com o governo federal, ou no plenário da Assembleia Legislativa, não trará a solução que só é possível com o diálogo e interlocução.


Nesse campo minado do confronto, a batalha começa hoje no plenário da Assembleia. Antes de ser votado, e caso seja, o projeto do governador de adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) vai encontrar uma montanha de emendas pela frente. Razoáveis ou não, são cerca de 3 mil feitas pela oposição com o claro objetivo de adiar sua votação. Ou seja, o projeto não será votado nesta semana, já que amanhã é feriado.


Constragimento aliado


E o que os opositores ganham com isso? Tempo, para que a proposta alternativa de Pacheco seja viabilizada em Brasília. Ou seja, Brasília deverá dar a palavra final nesse problemão. Poderá ser também um alívio até para os aliados de Zema. Se antes, quando o RRF era a única proposta apresentada, eles já estavam constrangidos em votar, agora, que surgiu solução mais viável, a maioria ficou contra o RRF.


O que diz, por exemplo, o líder do segundo maior bloco governista na Assembleia, Gustavo Santana (PL): “O RRF vai piorar as coisas para o estado, elevando a dívida de R$ 160 bilhões para R$ 210 bilhões em 10 anos de adesão. Isso não resolve o problema”. O líder do maior bloco, Cassio Soares, já admitiu que o plano de Pacheco virou plano A de toda a Assembleia.


Ainda que reclame do tempo, o governador poderá ser surpreendido com nova decisão de Brasília. Com livre trânsito no governo federal, Pacheco terá reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para, segundo ele, ajudar Zema a resolver o maior problema do governo que hoje é dele. E a Assembleia vai ajudar o governador a entrar com pedido de prorrogação no Supremo Tribunal Federal para ganhar mais tempo nessa negociação. O que são mais seis meses para um devedor bilionário?

 (*) Publicada no jornal Estado de Minas

 

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