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Aliados querem filiar Zema e Bolsonaro no mesmo partido para 2022

É momento de muita especulação nesse período, sim, e por quê? Porque antecede decisões importantes. A partir deste sábado (2), estaremos a um ano das eleições do dia 2 de outubro do ano que vem. Contagem regressiva daqui pra frente.


Aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do governador Romeu Zema (Novo), querem os dois no mesmo partido. Esses aliados integram o Centrão, o bloco parlamentar que faz política à base do troca-troca, do fisiologismo. E a legenda seria o PP, Partido Progressista. Em Brasília, as conversas estão adiantadas nesse sentido, de Bolsonaro se filiar a esse partido. A agremiação é a mesma de seu ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Aliados do presidente Bolsonaro e do governador Romeu Zema querem os dois no mesmo partido (Cristiano Machado/Imprensa MG)


Bolsonaro continua sem partido, assim como passou a maior parte de sua gestão. Como precisa de partido para disputar as eleições, terá que se filiar até o dia 2 abril de 2022 (prazo máximo). No caso de Zema, desde que se abriu a conversações com outros partidos, os convites não param de chegar. O primeiro foi o da fusão entre o DEM e o PSL, que deverá se chamar União Brasileira. Convidaram a se filiar e teve gente que defendeu a candidatura de Zema a presidente. Ventos da especulação, para dizer o mínimo.


Governador quer duas mudanças no Novo


A movimentação de Zema se deu pelo fato de que o estatuto de seu partido ter alguns impedimentos. Um deles, é o uso do fundo partidário, aquele fundo bilionário para financiar campanhas eleitorais. Zema quer quebrar essa regra para fazer uso do financiamento público. Está convencido que não dá pra fazer campanha só pelas redes sociais e pedindo voto para Bolsonaro, mesmo seu partido tendo candidato, como aconteceu em 2018.


Outra mudança cobrada no partido por Zema é a autorização para fazer coligações partidárias. Essas são as condições para Zema continuar no Novo, rasgando dessa forma o estatuto e as bandeiras do Partido Novo. Ou seja, se for assim, poderá ser chamado de partido seminovo, usado ou de ‘igual aos outros’. No campo das alianças, o governador quer coligar-se com o PSDB e o PP, os mesmos que o apoiam na Assembleia Legislativa.


Se Zema continuar no Novo, poderá usar o fundo partidário de seu partido, que é pequeno, mas seria engordado com o fundo partidário dos aliados. Na quinta (30), ele recebeu, em BH, afagos do presidente Bolsonaro e de bolsonaristas presentes a um evento. Ouviu o coro da claque orquestrada contra o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e principal rival dele na campanha do ano que vem. E contra o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que está no DEM, mas deve ir para o PSD de Kalil, para, além de apoiar o prefeito de BH, disputar as eleições presidenciais.


Manifestações prós e contra


Em outra manifestação, ouviu pedido para tirar a máscara e atendeu e também vaias para Bolsonaro quando ele falou sobre o que teria feito em 1000 dias de governo e 600 dias de pandemia. Ao mesmo tempo, o placar macabro da Covid-19 chega a 600 mil mortes. Esses cenários todos ainda estão nessa fase de definição e, enquanto não baterem o martelo, serão avaliados.


Kalil enfrenta terceira CPI na Câmara


Por conta da aproximação da campanha eleitoral, o prefeito Alexandre Kalil vai enfrentar a terceira CPI na Câmara. A razão é que o prefeito deverá ser o principal candidato a governador, atrapalhando os planos de reeleição do governador Romeu Zema (Novo). Na Câmara, os aliados de Zema e de Bolsonaro se uniram e conseguiram o número mágico de 14 vereadores, que é suficiente para abrir CPIs, investigações e ações contra a gestão de Kalil.


Depois de investigar os contratos da BHTrans e as ações de Kalil na pandemia, a terceira CPI vai investigar denúncias de nepotismo na prefeitura. O líder do governo na Câmara, vereador Léo Burguês (PSL), não manifestou preocupação com as investigações. "Se houver algo errado, que se corrija", observou ele.




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