top of page
BLOG DO ORION 187x102 (1) dia das mães maio 25.png

Vaidade e outsider estão fora de moda em disputa eleitoral

Quase todo dia, um nome se assanha para ser candidato a governador ou a presidente, apostando nos quesitos de outsider e da vaidade. A realidade que elegeu Zema não existe mais, e o outsider saiu de moda, até porque não apareceu mais ninguém e os que estão aí são sistema. Os candidatos chegarão em 2026 zerados, sem legado, à exceção de Alexandre Kalil (sem partido) que governou BH.

Cleitinho, Kalil e Simões estão na disputa de aquecimento para as eleições 2026, fotos Roque de Sá/Ag. Senado, Amira Hissa/PBH e Dirceu Aurélio/Agência Minas


Os problemas maiores estão na direita. Apesar de seu esforço e do governador, o vice Mateus Simões (Novo) não consegue ter visibilidade por falta de legado de Zema. Sem isso, o governador não conseguirá transferir votos. Ele próprio tem dito isso, quando afirma que o próximo governo, e não o dele, vai lucrar com suas obras. Zema se elegeu no desgaste do antecessor, Fernando Pimentel (PT), e continua usando a mesma narrativa.


Se eleito, Cleitinho Azevedo (Republicanos) será destruído quando deixar de ser estilingue para ser vidraça. Como vai resolver os problemas que hoje denuncia?


No quesito vaidade, sempre vai ter quem a alimenta. Se o marqueteiro não chamar para a realidade, é bom lembrar os versos de Gregório de Matos na clássica obra ‘Desenganos da vida humana metaforicamente’. Diz ele: “É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa...”. Em síntese, como ilusão, a vaidade é finita e pode ser destruída ante a falta de defesa.


E o nome do ex-procurador geral de Justiça Jarbas Soares surgiu como mais um disponível. Juiz e promotor não têm votos, porque passam a vida judicante e ministerial contrariando as partes, a que perdeu e a que ganhou em contexto de demora.


Apostas esportivas e eleitorais


Fazendo as contas, Kalil e Cleitinho saíram ganhando na semana marcada pela CPI das apostas esportivas (Bets). Cleitinho pegou carona no depoimento da influenciadora digital Virgínia Fonseca, fez selfie e ganhou cliques até da esposa. Kalil fez desse limão sua limonada, polarizando a pré-disputa, já que é o 2º lugar depois de Cleitinho nas apostas eleitorais de 2026. Os outros concorrentes ao governo, Mateus Simões e Rodrigo Pacheco (atualmente no PSD), ficaram mudos e calados e sem cliques.


Pra onde vai Kalil?


Pouco adianta falar sem ter um rumo. Kalil disse que vai disputar as eleições de governador, mas reconheceu que está sem partido. “Meu partido é Kalil”, respondeu ele, porém, essa legenda inexiste no TSE. Hoje, restam poucas alternativas ao ex-prefeito. Estão disponíveis no mercado só o PDT, PSB, além dos nanicos, que não têm fundo partidário e tempo de TV para campanha de dimensão continental.


Tadeuzinho e Cleitinho


O MDB está surfando no melhor dos mundos. Com pré-candidato a governador, está prestes a federalizar (união de partidos) ou fundir com o Republicanos. Se consumada, a nova federação terá dois candidatos a governador, Tadeuzinho do primeiro e Cleitinho do segundo. Ou ainda, uma chapa pronta entre eles.


Família perde espaço


Com a moda de federação e fusões na briga pela sobrevivência política, muita gente vai perder a condição de líder regional e até de pai de família. A fusão entre o PSDB e o Podemos, por exemplo, pode provocar a mudança partidária da deputada federal Neli Aquino (Podemos). Com a fusão, deverão investir tudo na reeleição dos deputados federais tucanos, Aécio Neves e Paulo Abi-Ackel.


PT: onde está a renovação?


Chacoalhado pelo vento das mudanças, o PT vai definir seu futuro, em julho, entre a polarização, pautada pela direita, e a busca do próprio caminho e da razão para sobreviver. No plano nacional, disputam o comando da legenda o ex-ministro de Dilma, Edinho Silva (Comunicação), e o deputado federal Rui Falcão (mineiro de Pitangui). Em Minas, duas mulheres negras de trajetórias reconhecidas brigam pelo comando: Dandara e Leninha. Mais importante do que nomes deveria ser o projeto de renovação.


Zema exibe seu interior


Além de explícita, a ousadia do governador Zema e seu marqueteiro, Renato Pereira, vai ficando sem noção e limites. Querem a qualquer custo conquistar a direita imbecilizada que ficou sem referência na disputa presidencial do ano que vem. Tudo porque Bolsonaro está inelegível e mandando boas mensagens para o mercado de bolsas: “se for condenado, vou morrer, não vai demorar”, reagiu o tigre de papel depois de exibir as próprias vísceras e o intestino grosso.


Tira o Cleitinho daí


Especialista na arte de confundir, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) está deixando desorientado os próprios aliados. Semana sim, eles ficam animados; semana, não, baixa o pessimismo. Pacheco teria dito que, para ser candidato a governador, teria que ter também a garantia de ser o próximo governador. Como teria dito um ex-senador: “disputar a eleição e perder para o Cleitinho é o mesmo que manchar a própria biografia”.


Sensibilidade chinesa


Uma das personalidades empresariais mais influentes no mundo político, o empresário mineiro Lucas Kallas é hoje um player nacional. Faz parte do conselhão do presidente Lula. Visionário, adquiriu a concessão do Porto de Itaguaí (RJ), convencido de que, mesmo sem recurso próprio, há muito dinheiro no mundo para viabilizar o investimento. Em palestra no Conexão Empresarial da VB Comunicação, na sexta-feira, se disse animado em fazer uma short line na Grande BH (ferrovia curta de 26 km), copiando a ousadia histórica, não tão bem-sucedida, do visconde/barão de Mauá durante o Império. Disse que, quando a China gripa, ele adoece.


 
 
 
campanha04 auditor fiscal jul 24b.png
MAIS LIDOS
BANNER_AMM_CONGRESSO_105X85[1].jpg
RECENTES
ARQUIVO

QUER SE MANTER INFORMADO?

Receba diretamente em seu e-mail, todos os dias, um resumo com as notícias mais quentes e relevantes, além de artigos exclusivos.

  • Grey Facebook Icon
  • Grey Twitter Icon
  • Grey Instagram Icon

© 2017 por Infograffo

bottom of page