Cresce expectativa do comércio para 2024 com nova queda da Selic
A nova redução da Selic foi celebrada pela principal força econômica da capital mineira, o setor de comércio e serviços. Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o terceiro recuo consecutivo da taxa de juros terá impacto positivo no primeiro trimestre de 2024 e na confiança de consumidores e lojistas. Em resumo, poderá favorecer o desempenho das atividades comerciais em 2024, já que os efeitos reais dessa baixa começarão a surgir entre três e seis meses.
Sede do Banco Central em Brasília, foto Rafa Neddemeyer/ Agência Brasil
Na quarta (1º), o Comitê de Política Monetária, Copom, do Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual, de 12,75% para 12,25% ao ano na quarta (1º). De acordo com o BC, o ambiente externo continua adverso, citando a alta das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos. E mais, a resiliência dos núcleos de inflação em níveis ainda elevados em outros países e de novas tensões geopolíticas como pontos de atenção. "O Comitê avalia que o cenário exige atenção e cautela por parte de países emergentes", disse o Copom em nota.
Cenário de recuperação de crédito
“Comerciantes e consumidores entendem que a economia está avançando e isso os deixam mais confiantes para realizar compras e investimentos em médio e longo prazo. A tendência é que 2024 seja impactado de forma positiva ainda no primeiro trimestre. Em Belo Horizonte, em especial, vivenciamos um cenário de recuperação de crédito entre empresas e pessoas físicas. Com a redução da Selic, a expectativa é que mais débitos sejam quitados e o mercado se aqueça”, analisou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Cai inadimplência
Tanto é que o número de dívidas por CPF desacelerou em BH e a inadimplência na capital mineira é a menor do país. Pelo quinto mês consecutivo, recuou o número de contratos em atraso entre os consumidores da cidade. Desde o mês de julho, tem-se observado uma desaceleração do número de dívidas por CPF entre os consumidores da capital mineira. Em setembro deste ano, o indicador do número de dívidas foi de 10,1%. Um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) revelou que, em comparação ao mesmo período de 2022, houve um recuo de 48,46% no número de dívidas por CPF.
“A melhora do mercado de trabalho, a desaceleração da inflação e, consequentemente os juros, têm possibilitado que os consumidores honrem seus compromissos financeiros. Além disso, o programa Desenrola Brasil tem beneficiado os inadimplentes na renegociação de suas dívidas e retirando-os do cadastro de negativados”, apontou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Essa redução do número de dívidas por CPF, aliada ao crescimento da renda, queda da inflação e da taxa Selic, fizeram com que no nono mês do ano, a inadimplência em Belo Horizonte (2,28%) ficasse abaixo do país (5,78%) e da região Sudeste (5,74%).
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