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Campanha em BH é aberta com o mantra ‘todos contra Kalil’ para barrar reeleição dele

Belo Horizonte encerrou, nesta quarta (16), o período de convenções partidárias com um quadro inédito: 16 candidatos a prefeito nas eleições de novembro próximo. A maioria entra no páreo apenas para fazer número e quebrar o recorde anterior. De acordo com as últimas pesquisas, as melhores chances ainda estão com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), que tenta ficar mais quatro anos.

Kalil e João Vitor conseguiram o maior número de apoios partidários, fotos Amira Hissa/PBH e Luiz Santana/ALMG

Mas, como dizem no mundo da bola, o jogo é jogado e lambari é pescado. A campanha eleitoral está apenas começando e, até o dia da eleição (15 de novembro), Kalil vai apanhar muito dos outros 15 candidatos e de outros fortes setores. Entre eles, uma parte do empresariado que está rompida com ele. Vão entoar em bloco o mantra ‘todos contra Kalil’, para tentar barrar a reeleição dele. Para ganhar, o atual prefeito terá que enfrentar e vencer todos os 15 adversários e os de fora da disputa direta.

Rivais podem ter chance no 2º turno

As chances dos concorrentes podem melhorar se conseguirem levar a eleição para o segundo turno. Como Kalil, o candidato do Cidadania, João Vitor Xavier, fez o dever de casa e conseguiu amplo leque de apoio partidário. Isso irá garantir bom tempo na propaganda eleitoral de televisão e rádio. A medida é importante porque a campanha não terá o tradicional corpo a corpo nem aglomeração. Uma comunicação bem articulada entre TV e rádio e as redes sociais poderão fazer a diferença.

Áurea Carolina (PSOL) e Nilmário Miranda (PT) buscarão, separadamente, o campo da esquerda. Podem ficar isolados ou surpreender. A uma, faltará tempo e oportunidade para ganhar visibilidade. Para o outro, a comunicação feita por quem desconhece a realidade local pode trazer prejuízos.

Forças externas na campanha

Além desses oponentes, a candidatura de reeleição do prefeito vai enfrentar a força política, nos bastidores, do governador Romeu Zema (Novo), e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Esses dois são, além de aliados entre si, pré-candidatos à reeleição em 2022 e temem que, uma vez reeleito, Kalil pense em disputar a eleição para governador daqui a dois anos. Isso atrapalharia os planos de ambos.

Sem espaço até no partido delas

Como toda eleição tem suas curiosidades, vai aqui a primeira. O Partido da Mulher Brasileira lançou, nesta quarta (16), candidatura à Prefeitura da capital mineira. Por incrível que pareça, não é de uma mulher, mas de um homem, que é cabo da Polícia Militar e bolsonarista arrependido. Nem mesmo no partido que leva o nome delas, elas tiveram chance, e o candidato ainda se diz “defensor das mulheres”. Mau começo para ele, para elas e para o partido que leva o nome das mulheres.

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