Nova AMM rejeita projeto de fundos de Pimentel que desaloja escolas
Embora busque a conciliação como prática política, o presidente eleito da Associação Mineira dos Municípios (AMM) e prefeito de Moema (Oeste), Julvan Lacerda (PMDB), que toma posse nesta quinta (11), adiantou que uma de suas prioridades será trabalhar pela rejeição, na Assembleia Legislativa, aos projetos do governo mineiro que criam seis fundos imobiliários para atrair R$ 20 bilhões. O motivo é a inclusão, pelo governo mineiro, de imóveis que estão em uso pelos municípios mineiros para escolas e postos de saúde. (FOTO ASCOM/AMM)
De acordo com ele, das 1.205 propriedades colocadas pelo governo à venda, há pelos menos um em cada um dos 853 municípios e que a maioria absoluta dos prefeitos não foi consultada. Um deles, Rodrigo Lopes (PMDB), de Andradas (Sul), denunciou a inclusão da Escola Estadual José Bonifácio, de quase 90 anos, que atende a alunos do ensino fundamental. A escola está localizada em um terreno de 2 mil metros quadros sob o valor de R$ 5 milhões. “É uma escola de 1929 e não pode ser fechada nem desalojar os alunos. Não temos pra onde levá-los”, queixou-se o prefeito que já acionou deputados estaduais para mudarem o texto do projeto.
“Se desalojar minha escola, vou desalojar três prédios do município ocupados pelo governo”, avisou Julvan Lacerda, referindo-se aos prédios ocupados pela Polícia Militar, Polícia Civil e escola estadual. Segundo o prefeito, fizeram o projeto sem conversar com os prefeitos, até mesmo para identificar quais terrenos ou prédios poderiam ser colocados à venda.
Julvan Lacerda deverá falar com o governador Fernando Pimentel (PT) nesta quinta, durante sua posse, quando pretende reunir, na mesma cerimônia, as principais forças políticas do estado, incluindo ainda, além do petista, os senadores tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia.
De acordo com o líder do governo, Durval Ângelo (PT), os imóveis que estiverem em uso serão excluídos da relação de alienáveis pela Assembleia.