Esta é uma semana longa e de muita tensão na política e que só deveria terminar na semana que vem. Na verdade, ela começa nesta terça (25) com o início da discussão do relatório da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Amanhã (26) e quinta (27), temos a votação da reforma trabalhista. Será o primeiro termômetro para medir a fidelidade da base aliada do presidente na votação de suas reformas.
Na sexta (28), haverá outro termômetro, desta vez, das ruas, com a convocação da greve geral; será a hora de avaliar a pressão que poderá vir das ruas e comprometer o tal alinhamento dos deputados que votarão a reforma da Previdência. Na segunda, teremos o 1º de maio, é feriado, mas será um dia dedicado às manifestações dos trabalhadores e centrais sindicais contra as reformas, incluindo a trabalhista que quer acabar com a contribuição sindical, o que, para a maioria das centrais e dos sindicatos, é vital para o financiamento do movimento.
Na quarta (3), estava previsto o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz federal Sérgio Moro, que acabou sendo adiado para o dia 10. Portanto, a semana que começa hoje, acaba na segunda que vem. Tudo somado, poderá haver um efeito impactante sobre as reformas do governo federal.