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Números e a realidade da Covid ameaçam o futuro do país e de Bolsonaro

Os números não mentem, ao contrário, contestam e deixam incerto, mais do que isso, ameaçado o futuro político do presidente Bolsonaro e de seu governo. A “gripezinha”, como ele se referiu à pandemia também não está no “finalzinho”, segundo outro comentário infeliz dele. Acostumado a ver outra realidade, Bolsonaro ainda vai descobrir que sua omissão, negligência e boicote ao combate à pandemia terá altos custos políticos. Junto dele, o país que o elegeu. Na dúvida, vamos aos números, primeiramente da realidade, que prenunciam uma segunda e avassaladora segunda onda. Depois, os de nova pesquisa (Instituto mineiro Quaest) sobre seu desempenho realizada entre os dias 5 e 8 de dezembro deste ano.

Pesquisa Quaest e Bolsonaro, foto Antônio Cruz/Agência Brasil


O presidente ignorou dados e afirmou, na quinta (10), que o Brasil vive “um finalzinho de pandemia”. Disse isso durante evento em Porto Alegre (RS) para inaugurar uma ponte. “Nosso governo, levando em conta outros países do mundo, foi o que melhor se saiu no tocante a economia. Prestamos todos apoios possíveis a estados e municípios”, completou. A afirmação dele não é sustentada pelos números.


Indicadores contestam presidente


Indicadores apontam para uma piora na pandemia do país. Em cerca de um mês, subiu de seis para oito o número de capitais com mais de 80% dos leitos de UTI ocupados. As filas para testes aumentaram, e em cidades, como Rio de Janeiro, há fila também por leitos de UTI.


Pelo quarto dia consecutivo, o Brasil registrou, na sexta (11), número de mortes acima de 500 brasileiros. Chegamos a 180.437 mortes por covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde. São 672 vítimas a mais que o registrado no dia anterior.


Pesquisa: cenário de advertências


Nesse contexto pandêmico, os números deixam advertências políticas para Bolsonaro. Pesquisa do instituto mineiro Quaest sondou o pensamento e sentimento dos brasileiros e aponta que 68% deles estão preocupados com o futuro do país. Desses, 47% consideram que o Brasil está “piorando”, porque, segundo 56%, “estamos no rumo errado”.


Tudo somado, a avaliação negativa do governo Bolsonaro vai a 59%; apenas 39% aprovam. Sobre a vacina, 49% dos brasileiros a tomariam quando for disponibilizada; 33%, “talvez”. A pesquisa teve como amostragem 1.000 respondentes dos 26 Estados e Distrito Federal e foi realizada neste mês de dezembro. A margem de erro é de 3.1 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%.

Avaliação medida pela pesquisa Quaest em dezembro deste ano


Municípios cobram coordenação


Por conta dessa indefinição e incerteza, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e a Associação Mineira dos Municípios (AMM) divulgaram, na terça (8), ofício cobrando coordenação federal. Não é à toa, afinal cerca de 60% dos municípios trocarão de prefeito no próximo dia 1º de janeiro. A maioria dos novatos desconhece a gravidade do problema que enfrentará a partir do ano que vem.


Posição semelhante manifestou o governador Romeu Zema (Novo) no mesmo dia. Mais alinhado ao governo federal, Zema afirmou que a imunização em Minas seguiria o calendário do Ministério da Saúde. Segundo ele, é necessário haver uma ação única, principalmente para evitar tumultos. “Se algum município ou estado fizer antes ou depois, nós vamos estar ou privilegiando, ou prejudicando as pessoas. E a Constituição assegura direito à saúde para todos”, afirmou ele.


Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou acordo com o Instituto Butantan (paulista) para obter a Sinovac, imunizante de origem chinesa, tão logo a vacina seja aprovada. Há conversas ainda, com a Pfizer, empresa britânica responsável por outra.


Assembleia aprova vacinação em Minas


A Assembleia Legislativa não quer que o estado fique pra trás nessa corrida pela vacina, que o próprio governador chamou de “maluca”. A corrida se tornou maluca e uma guerra entre estados, ou ainda desespero de alguns, porque faltou até agora, e o receio é que continue faltando, a coordenação nacional.


Pior do que a falta, que seria omissão e negligência, é o boicote, porque a postura do governo federal é de não acompanhar o movimento mundial pela vacinação. Hoje, treze países já saíram na frente e, só agora, após muita pressão, o governo Bolsonaro dá os primeiros passos para comprar as vacinas. Depois de boicotar algumas ações e vacinas como a que produz São Paulo, pelo instituto Butantan com a chinesa Sinovac.


De acordo com o projeto aprovado pela Assembleia, de autoria do deputado líder da oposição, André quintão (PT), o estado fica obrigado a garantir, gratuitamente, vacina contra o coronavírus. Segundo o texto, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) demore a autorizar a aplicação, o governo poderá recorrer à legislação federal que permite que a aprovação de agências internacionais bastaria para dar início à vacinação. Texto semelhante foi aprovado pelo Senado Federal, com base na proposta do senador mineiro Antonio Anastasia (PSD).





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