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Dilma confirma disputa, põe fogo na sucessão e já ganha cotovelada

O anúncio da pré-candidatura ao Senado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), teve o objetivo, como adiantamos aqui, de afastar as especulações de que ela poderia assumir o posto do governador Fernando Pimentel (PT) na briga pelo Governo de Minas nas eleições deste ano. Sendo assim, Pimentel segue candidato à reeleição de si mesmo, tendo como candidata ao Senado Dilma, sua amiga desde os tempos do movimento estudantil e guerrilheiro, que será também sua principal aliança. Por ela, o governador perdeu a aliança até então mais importante, o MDB do presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, que queria o posto de principal candidato a senador. Neste ano, serão eleitos dois novos senadores.

A confirmação de Dilma veio no mesmo dia em que o maior rival e pré-candidato a governador, Antonio Anastasia (PSDB), anunciou também um dos dois de seus pré-candidatos a senador, Dinis Pinheiro (Solidariedade). Poucas horas da reunião do PT com Dilma, Dinis disparou farpas e cotoveladas pra cima da petista, acusando-a de não ser mais mineira (ela nasceu em Belo Horizonte) e que deveria continuar sua carreira política no Rio Grande do Sul, onde vive há mais de 30 anos.

O pré-candidato agiu de acordo com os manuais da marquetagem, que orienta a quem está embaixo atacar aquele está em cima e buscar ser o contraponto, o antipetista. O ataque de Dinis pode ter sido acertado na forma, mas não no conteúdo, porque, em seu campo político, há o caso do atual senador Aécio Neves (PSDB), que, eleito senador por Minas, vivia, como é sabido, no Rio de Janeiro.

Tudo somado, o primeiro chute sem bola foi quase que também anunciado, antevendo que a disputa ao Senado será acirradíssima em Minas, um capítulo à parte nessa eleição, em termos de emoção e confrontos. Primeiro, porque há duas vagas em um cenário altamente polarizado entre o PT e o PSDB, como já acontece há 16 anos em Minas. Por conta dessa polarização, ambos os partidos querem evitar, a todo o custo, o surgimento e crescimento de uma terceira via na disputa pelo governo. Por isso, querem fazer dos pré-candidatos ao governo, Rodrigo Pacheco (DEM) e Marcio Lacerda (PSB), candidatos ao Senado em suas chapas. O primeiro para a chapa tucana, e o segundo na chapa petista.

O segundo fator de aquecimento e tensão dessa disputa é a vaga de um dos atuais senadores. Encerram os mandatos de oito anos, agora, Zezé Perrela (MDB) e Aécio Neves (PSDB). Perrela não será candidato, e o tucano ainda não definiu, embora esteja sem condições políticas para tal. Seu partido não quer e ele enfrenta denúncias e processos de corrupção ligados à Operação Lava Jato, além do desgaste e rejeição que o cercam por conta de tudo isso. Tudo indica que ele não deve disputar a reeleição, mas ainda fica essa dúvida enquanto ele não se convencer disso. Seja como for, no dia 20 de julho começam as convenções partidárias e ele terá de definir seu rumo.

Se vai disputar o Senado ou outro cargo ou se ficará cuidando só de sua defesa junto aos tribunais. É um momento crítico e definidor de seu futuro político. Se tentar o Senado, o que é improvável, estará reeditando a disputa que teve na sucessão presidencial, em 2014, contra a mesma Dilma Rousseff e saiu derrotado.

FOTO ARQUIVO: Dilma, com Pimentel, e Dinis, com Anastasia

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