Polarização agita disputa por 2 vagas de senador em Minas
Com a decisão de Dinis Pinheiro de trocar a disputa ao Governo de Minas por uma das duas vagas de senador, a coisa vai se afunilando e deixando mais emoções na briga por esse cargo, o segundo mais importante nas eleições estaduais deste ano e que depende de uma votação extraordinária, de mais de 4 milhões de votos (por baixo). Por que isso está acontecendo? Está se confirmando aquilo que já foi dito aqui. Nas eleições mineiras, como acontece há 16 anos, não há espaço para uma terceira via, e a disputa deverá ser polarizada novamente entre o PT do governador Fernando Pimentel, que tentará a reeleição, e o PSDB do senador Antonio Anastasia, que tentará voltar ao Governo de Minas.
Na quinta (7), houve um primeiro movimento nessa direção. O ex-deputado estadual Dinis Pinheiro, do partido Solidariedade, anunciou que desistiu da disputa a Governo de Minas para tentar o Senado. Dinis disse que, no Congresso Nacional, terá mais condições de trabalhar por mudanças que melhorem a qualidade de vida no estado.
Há dois ingredientes que trazem mais atração nessa disputa. São duas vagas de senador (saem Zezé Perrela e Aécio Neves que encerram seus mandatos). Cada candidato a governador lançará dois candidatos a senador. A situação de Aécio, ainda indefinida por contas dos processos judiciais que responderá, e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) está no páreo. Agora, Pimentel e Anastasia vão atrás de Rodrigo Pacheco (DEM) e Márcio Lacerda, (PSB), ambos pré-candidatos ao governo, para tentar alianças.
Correndo por fora da grande mídia, legendas menores já se articulam para lançar seus candidatos. O PSOL e o PCB lançaram duas vagas de senadora a Frente de Esquerda Minas Socialista, com as candidaturas de Duda Salabert (PSOL) e Túlio Lopes (PCB) ao Senado. O partido Novo pretende disputar o Senado com a indicação do engenheiro e empresário Rodrigo Paiva.
FOTO SITE BHAZ: Dinis, Pacheco e Lacerda são alvos de pressão para formação de chapa ao Senado