Assembleia homenageia 52 anos do velho MDB
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais homenageou o partido MDB, Movimento Democrático Brasileiro, que, até o início do ano, era chamado de PMDB até início deste ano, pelos seus 52 anos. A comemoração partiu de iniciativa do presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes, e dos demais integrantes da bancada do partido, a maior do Poder Legislativo, hoje com 13 integrantes.
O MDB foi uma legenda histórica de oposição ao regime militar, fundado em 1966 e reunia em seus quadros nomes como Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, que tiveram papel importante no movimento pelas eleições diretas e pela redemocratização do país.
Foi um símbolo de resistência. Em 88, foi responsável pelo Congresso Constituinte que promulgou a atual Constituição cidadã, como definiu Ulysses Guimarães.
Hoje, quem é o MDB? É ainda considerado o maior partido brasileiro, mas se envolveu em várias confusões fisiológicas para manter-se no poder.
Em Minas, temos o MDB ligado ao PT do governador Fernando Pimentel; no país, está envolvido com o governo de Michel Temer, que carece de legitimidade e foi protagonista no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que ajudou a eleger. Não tem limites na busca pelo poder, dentro e fora da democracia.
A situação é tal que, nos 52 anos do MDB, comemorados na Assembleia, o MDB de Temer e do senador Romero Jucá, atual presidente nacional, não seria convidado, mas, talvez, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e o presidenciável Lula da Silva seriam.
FOTO CLARISSA BARÇANTE/ALMG: Senador Roberto Requião discursa durante a homenagem ao MDB