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Atentado recoloca povo nas ruas e põe em xeque intervenção de Temer

Grande parte do país e do mundo se comoveu com o atentado político e o feminicídio sofrido pela vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ) - e por seu motorista-, especialmente pelo que ela representava politicamente, do protagonismo na verdadeira política em defesa dos pobres, favelados, negros, mulheres e da comunidade LGBT; numa só palavra, defensora serena, mas intransigente, dos direitos humanos. Até mesmo aqueles que viram exagero nas manifestações e homenagens a ela perante outros tantos assassinatos e mortes - algumas heroicas, outras anônimas - já ocorridos no Brasil e no mundo, se sensibilizaram.

E o caso dela é especial e específico porque sua voz e atuação incomodavam os mandantes, os privilégios e aqueles que continuam lucrando com as desigualdades sociais e a pobreza e, mais grave, com a criminalidade. Existem aqueles tipos de criminosos confessos, como esses que assassinaram Marielle, mas, mais graves do esses, são aqueles que, covardemente, decidem, os mandantes e que nunca aparecem nem são punidos. Mais importante do que identificar e punir os executores, é identificar os mandantes, esses que lucram com o crime e com o estado de medo, das desigualdades e injustiças sociais e que investem na divisão das polícias e das forças de segurança. Sem isso, nada mudará.

Ao atentado, sobreveio uma altiva e imediata resposta da sociedade. Se queriam calar a voz da vereadora, sua morte recolocou o povo nas ruas em Belo Horizonte, Rio, São Paulo e em dezenas de outras capitais e cidades brasileiras e até do exterior. Quais são as consequências da volta do povo às ruas? Imprevisível, mas, de imediato, a primeira delas será maior pressão sobre o governo federal e sua intervenção no Rio de Janeiro. Tudo somado, ficarão em xeque os interventores federais no Rio; afinal, disseram que o Exército iria resolver tudo no campo da segurança? Ao contrário, um mês depois, foram desafiados o exército e seus generais, os coronéis da PM, os delegados das polícias civil e federal.

A justificativa de temer, para a intervenção, era frear a escalada da violência, mas o primeiro resultado é essa tragédia de um atentado político, que aconteceu a menos de 200 metros de uma cabine da Polícia Militar. O que as forças de segurança deveriam fazer é parar de brigar entre si pelo mando e comando e se integrarem para combater o inimigo invisível. Integração em vez de intervenção, eis a diferença.

A partir de agora, então, deverá haver um desgaste da intervenção federal e pode comprometer os efeitos políticos que Temer esperava alcançar. Outros efeitos serão o reforço ao debate da segurança pública na campanha eleitoral que se avizinha.

FOTO Agência Brasil: Precisa dizer mais alguma coisa!?

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