Prefeitos trocam apoio às reformas por dívida menor
O risco de derrota na Câmara dos Deputados à reforma da Previdência, somada à baixa popularidade, levou o presidente Michel Temer (PMDB) a assinar medida provisória ampliando o parcelamento de débitos municipais (contribuições previdenciárias) com o INSS. O anúncio foi feito durante a abertura da 20ª Marcha em Defesa dos Municípios, em Brasília, nesta quarta (16).
Pelo texto, as dívidas serão pagas pelas prefeituras em 200 meses, com 25% a menos de encargos e multas, além da redução de 80% dos juros. O parcelamento atual é de 60 meses, e a reivindicação deles era ampliar para 240 parcelas. A dívida atinge mais de metade dos municípios brasileiros. Dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), cerca de 4 mil prefeituras devem R$ 75 bilhões ao INSS. Ainda ontem, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, anunciou que o conselho político da entidade decidiu por maioria apoiar a reforma da Previdência, sob o argumento de que as mudanças trarão alívio financeiro para as prefeituras no futuro. A decisão não é consenso na entidade. (FOTO EBC)
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