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Zema busca abrigo em Bolsonaro que já soma 30 pedidos de impeachment

Pouco afeito às estratégias políticas, que acredita ser coisa de gente pouco séria, o governador Romeu Zema (Novo) reafirmou, no domingo (26), o atrelamento ao governo Bolsonaro. Não o faz por razões ideológicas ou de gratidão, até porque o presidente não é liberal e nada fez para o Estado até agora. É possível que o empresário Zema tenha sido beneficiado na eleição de governador por conta do bolsonarismo.

Zema e Bolsonaro após sobrevoo na Grande BH atingida pelas fortes chuvas, foto Pedro Gontijo/ Imprensa MG

Foi fator de influência, mas só um dos três. Zema representou terceira via que ganhou visibilidade, quando pediu votos para Bolsonaro, em 2018, diante um cenário de esgotamento da polarização PT-PSDB.

Como membro do Partido Novo, todos esperavam que o foco na gestão seria o principal diferencial dele. Não foi, sequer apresentou projeto de curto, médio ou longo prazos para tirar o Estado da crise financeira. Como não fez pela via administrativa, agora, tenta pela via política, recorrendo à velha política do alinhamento vantajoso.

Pragmatismo da velha política

Não é por ideologia nem gratidão, mas por pragmatismo político. O governo mineiro quer resolver seus problemas financeiros com a ajuda federal. E a hora, talvez, seja a mais apropriada, quando o governo Bolsonaro começa a derreter e, por isso, vai requerer em troca apoio político. Há cerca de 30 pedidos de impeachment contra o presidente.

O que Zema poderá fazer por ele, além de declarações favoráveis como as que deu em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, no último domingo? Poderá ainda adotar, ou copiar, alguma política bolsonarista por aqui, embora nem o próprio presidente tenha tido êxito lá.

Sem contrapartidas federais

Na tragédia de Brumadinho, na Grande BH, quando barragem da Vale arrasou meio ambiente e a economia e matou 300 pessoas, em janeiro de 2019, o presidente veio, sobrevoou e manifestou condolências. Um ano depois, na crise das águas, voltou, sobrevoou áreas atingidas e prometeu R$ 1 bilhão para três Estados arrasados. Pouco se divulgou do que chegou ou não da ajuda federal. Publicidade não é só marketing, é transparência e prestação de contas.

Na crise atual, com pandemia e mortes, o presidente prioriza a defesa da economia combalida, dos empregos existentes e dos subempregos que gerou. Na inversão de prioridades, ainda chama a Covid-19 de “gripezinha” e insiste em reduzir o isolamento social. Critica governadores e prefeitos que fazem o contrário e só abraça os que lhe são fieis e aliados. Ou seja, que o aplaudem apesar de ficar na contramão do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde.

Falta jeito mineiro de fazer as coisas

Abrir a economia agora soa como temerário e operação de alto risco, exatamente porque nosso Estado e o Brasil estão entrando naquela fase mais aguda da doença. Segundo os especialistas, de maior grau de infecção. Se abrir, haverá consumidor para comprar? As pessoas estão se sentindo seguras para sair de casa? Protocolos e planejamentos bem feitos e sustentáveis são bem-vindos e devem ser aplicados na hora certa.

Dar apoio e receber ajuda não podem ser encarados como moeda de troca para que o Governo de Minas passe a tratar a realidade com o olhar federal. No dia 22 passado, o secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa, avisou que, se o governo federal não ajudar, não terá como pagar os salários dos servidores em maio. A manifestação foi feita durante audiência na Assembleia Legislativa de Minas.

Incerteza e angústia para os servidores; a maioria deles recebeu até agora, hoje, aos 28 dias do mês de abril, que acaba na quinta (30), apenas uma parcela do salário de R$ 2 mil. A cada mês, o governo faz esse suspense por motivos diferentes. Está faltando transparência nessa questão.

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