Igreja Católica e PUC Minas também consideram Bolsonaro um genocida
- Orion Teixeira
- 22 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Em carta à humanidade, o reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Joaquim Giovanni Mol Guimarães, denuncia a omissão de Bolsonaro na pandemia. O manifesto repete três vezes a expressão “genocida” com a qual o governo Bolsonaro é acusado como um dos responsáveis pelo desastre humanitário e sanitário que já matou cerca de 300 mil. Mais de 2 mil brasileiros morrem por dia ante o agravamento da pandemia e inação do governo federal.
“Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista”. Esse é o forte texto de abertura do documento que invoca o apoio de instituições nacionais e internacionais diante do agravamento da crise. As instituições invocadas foram o Supremo Tribunal Federal, Ordem dos Advogados do Brasil, Congresso Nacional, CNBB e o Tribunal Penal Internacional.

Observado pelo secretário de Comunicação da PUC, Mozahir Salomão, dom Mol planta muda na PUC em homenagem aos mortos pela Covid-19 e omissão de Bolsonaro, foto Raphael Calixto/PUC MG
Dom Mol é também presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e professor da PUC Minas. Sob o nome “Vida acima de tudo”, o manifesto reúne intelectuais, políticos, líderes religiosos entre outros e pode ser lido em diversos idiomas.
“Brasil virou ameaça global”
No documento, consideram também que, por conta do governo, o Brasil está se transformando em ameaça global por conta de novas mutações do vírus. “O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global”, advertem.
LEIA O MANIFESTO NA ÍNTEGRA
CARTA ABERTA À HUMANIDADE
“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” Hannah Arendt
O Brasil grita por socorro. Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.
Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.
O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e com as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco os países vizinhos e toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.
O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.
Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.
Vida acima de tudo”.
Para ter mais informações e assinar o documento, clique AQUI
Veja quem já assinou o manifesto:
Padre Júlio Lancelotti
Leonardo Boff, teólogo
Dom Mauro Morelli
Miguel Nicolélis, cientista
Frei Betto, escritor
Chico Buarque, compositor, escritor, cantor
Silvio Tendler, cineasta
Nilton Bonder, rabino
Celso Amorim, diplomata, ex-chanceler
Jessé de Souza, sociólogo
Zélia Duncan, cantora, compositora
Silvia Buarque, atriz
Milton Hatoum, escritor
Eric Nepomuceno, jornalista, escritor
Marieta Severo, atriz
Edu Lobo, compositor, músico
Camila Pitanga, atriz
Paulinho da Viola, cantor, compositor
Ivan Lins, compositor, músico
Gregorio Duvivier, ator, escritor
Edino Krieger, compositor
Antonio Carlos Secchin, escritor e professor
João Bosco, compositor, músico
José Luis Fiori, cientista político
Patricia Pillar, atriz
Jorge Durán, cineasta
Fernando Morais Jornalista e Escritor São Paulo/SP
Ricardo Coutinho – ex-governador da Paraíba e presidente da Fundação João Mangabeira
Gisele Cittadino, jurista, ABJD
Marta Skinner, economista
Murilo Salles cineasta
Lucia Murat, cineasta
José Joffily, cineasta
Carol Proner, jurista
Francis Hime, compósitos, músico
Olivia Hime, cantora
Wagner Tiso, musico
Frei Atílio Battistuz, Francisco Missionário
Hildegard Angel, Jornalista
Chico Diaz, Ator
José de Abreu, Ator
Marcelo Barros, teólogo
Maria Victoria de Mesquita Benevides, cientista política São Paulo/SP
André Constantine, Movimento Nacional de Favelas e Periferias
Marcelo Barros, Monge e Teólogo Recife/PE
Ivo Herzog, Engenheiro São Paulo/SP
Marcio Pochmann, Economista Campinas/SP
Siro Darlan de Oliveira, Desembargador TJRJ Rio de Janeiro/RJ
Isabel Salgado, Técnica de Vôlei Rio de Janeiro/RJ
Carol Solberg, Vôlei de Praia Rio de Janeiro/RJ
Joel Cornelli , Técnico de Futebol Caxias do Sul/RS
Acioli Cancellier de Olivo, Servidor Público Federal Aposentado, São José dos Campos/SP IRMÃO DO REITOR CANCELLIER
Sérgio Pinto, Presidente da Associação dos Servidores da Cultura Brasília/DF
Chico Alencar, Professor, escritor e vereador Rio de Janeiro/RJ
Wilson Ramos Filho, Xixo , Professor, escritor e vereador Curitiba/PR
Frei Atílio Battistuz, Francisco Missionário Marajó/PA
Afonso Borges, Escritor e Gestor Cultural Belo Horizonte/MG
Tiago Maiká Muller Schwade, Geógrafo Amazonas
Carolina Kotscho, Roteirista São Paulo/SP
Luiz Fernando Emediato, Escritor e Editor São Paulo/SP
Hélio Doyle, Jornalista Brasília/DF
Regina de Assis, Professora/Doutora Rio de Janeiro/RJ
Geraldo Mainenti, Jornalista Rio de Janeiro/RJ
Eva Doris Rosental, Gestora da Área Cultural Rio de Janeiro/RJ
Benedito Tadeu César, Professor da UFRGS Porto Alegre/RS
Padre Niraldo Lopes de Carvalho, Religioso Rio de Janeiro/RJ
Deyvid Bacelar, Petroleiro e Coordenador da FUP Feira de Santana – BA
Affonso Henriques Guimarães Correa, Economista Rio de Janeiro/RJ
Marina Maluf, Historiadora São Paulo/SP
Olivia Byington, cantora e escritora
Daniel Filho, diretor
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