Ex-ministra dos EUA defende democracia em seminário com magistrados brasileiros
A ex-ministra das Relações Exteriores e ex-conselheira de Segurança Nacional dos EUA, Condoleezza Rice (na foto, à esquerda) defendeu o diálogo como solução de conflitos e a importância de reforçar a democracia, ao participar, na quarta (25), do último dia do seminário “Democracia Deliberativa e o impacto das novas tecnologias no Judiciário”. O evento foi promovido pela Escola Nacional da Magistratura (ENM), juntamente com a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Condeleezza Rice, Thay Graciano, Alec Shelley, Nelson Missias de Morais e Bruno Fernandes participam de evento nos EUA, foto Divulgação
Em diálogo com participantes, entre especialistas e magistrados brasileiros, ela ainda destacou o papel de liderança do Brasil na América do Sul, principalmente em relação aos problemas políticos da região.
Também participando do encontro, o diretor presidente da ENM, desembargador Nelson Missias de Morais reafirmou a tese de que as novas tecnologias, incluindo a Inteligência Artificial, poderão tornar mais ágeis e seguros os processos judiciais, mas jamais irão substituir o discernimento humano na apreciação dos fatos em julgamento.
Desafios tecnológicos
“A evolução tecnológica tem sido uma constante há séculos em nossa história e a Inteligência Artificial, um dos temas do evento, não é apenas a mais recente das inovações, mas, seguramente, é a mais impactante e desafiante. Mas a humanidade sempre soube encontrar formas de controle para se ajustar às novas realidades.
Particularmente no que diz respeito ao Poder Judiciário, não tenho dúvidas de que a I.A. virá se somar a outras ferramentas tecnológicas capazes de tornar mais ágeis e seguras as decisões, em benefício da sociedade.
Para isso, todavia, será fundamental que os diversos atores envolvidos não percam o foco na função judicante, em que a condição humana jamais poderá ser substituída", pontuou Nelson Missias, que já presidiu o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (2018/2020).
O seminário contou ainda com a presença do presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso, e do procurador geral da República, Paulo Gonet.
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