Debate: hora de conhecer os candidatos à PBH e os fujões
O quadro eleitoral de Belo Horizonte pode até sofrer mudanças, em tese, nesta segunda-feira (5), último dia para as convenções partidárias, mas é improvável. De todos os movimentos feitos, BH deverá ter sete candidatos a prefeito/a. Estarão todos sendo esperados para o grande e primeiro duelo no debate da TV Band na próxima quinta, às 22h30. O belo-horizontino vai conhecer quem são os candidatos oficiais, seus aliados e propostas para a capital mineira. Poderá também conhecer os fujões do debate.
Candidatos e candidata começam a disputa pelo comando da PBH, foto Rodrigo Clemente/PBH
Até o momento, todos estão confirmados e não há registro de nenhuma omissão ou negligência ou despreparo. Em alguns momentos, a coordenação da campanha de um ou outro avalia a participação em debate como estratégia de risco, especialmente para os líderes da disputa, receosos de perder votos. Seja como for, o ausente terá o nome registrado numa cadeira vazia, caracterizando a condição de ‘fujão’.
O debate da Band costuma ser o primeiro ato político significativo, abrindo dessa forma a campanha eleitoral. Os candidatos foram convidados de acordo com a representatividade dos partidos políticos no Congresso Nacional e com as regras estabelecidas pelo TRE-MG.
Estão confirmados os candidatos Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos) e Rogério Correia (PT). Nos 1º, 2º e 4º blocos, os candidatos vão poder fazer perguntas a outros candidatos. No terceiro bloco, os candidatos responderão a perguntas de jornalistas do Grupo Bandeirantes. O quinto e último blocos serão destinados às considerações finais.
Curso intensivo em BH
Líder de todas as pesquisas, o candidato do Republicanos, Mauro Tramonte, confirmou que irá ao debate, superando a ala que defendia sua ausência. Tramonte se disse preparado para o enfrentamento e que está, há mais de 30 dias, estudando Belo Horizonte durante oito horas por dia. E o que descobriu? “Que a capital tem muitos problemas”, pontuou, sem se deter em um específico. Ele comemorou a adesão de Luísa Barreto como vice, que era pré-candidata a prefeita pelo partido Novo, que trará conteúdo ao seu programa de gestão.
Trombada: Novo e Kali
Um dia após a convenção de Tramonte, que confirmou a aliança entre Kalil e o governador Zema em torno da candidatura dele, o partido Novo reafirmou as diferenças com Kalil. O partido do governador acusou oportunismo do ex-prefeito. Kalil se defendeu, dizendo que chegou primeiro e que a aliança com o Novo só aconteceu porque ele não a vetou.
Extrema direita reage
Não foi só o novo fogo amigo que atacou Kalil, a extrema direita também atacou, criticando a aliança de Zema com Kalil. A direita bolsonarista divulgou vídeo, afirmando que essa união busca derrubar o candidato bolsonarista Bruno Engler (PL) na capital mineira. A estratégia busca frear o crescimento de Tramonte (Republicanos) e apresentar Engler como único candidato da direita e dos bolsonaristas. A turma do Fuad gostou do bate-boca.
PDSB de Aécio quer Fuad
O PSDB deverá fechar hoje o apoio à candidatura de reeleição do prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), depois de pensar em candidatura própria (João Leite) ou em apoiar Gabriel Azevedo (MDB). Prevaleceu o voto do deputado federal Aécio Neves nessa definição.
Vínculo local
A prefeita de Contagem (Grande BH), Marília Campos (PT), participou, nesse domingo (4), da 13ª convenção partidária de aliados. Vai enfrentar Junio Amaral (PL), que detém, mesmo sendo desconhecido na cidade, 20% dos votos da raiz bolsonarista. Ele vai explorar o apadrinhamento do ex-presidente Bolsonaro. Marília, ao contrário, não irá vincular sua recandidatura ao presidente Lula.
CFM veta críticas
Diante do risco de renovação no Conselho Federal de Medicina, a atual gestão do Conselho está restringindo a divulgação do debate das chapas em disputa. A medida do CFM proíbe a divulgação de ideias e projetos nas redes sociais e, mais, avisou que impugnará a chapa que criticar a atual gestão. De acordo com a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de Minas, trata-se de cerceamento à liberdade de expressão. As eleições acontecem amanhã e na quarta (7).
(*) Publicado no Jornal Estado de Minas
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