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Como o de Zema, fracassam apoios de Bolsonaro e Lula na eleição 2020

Os padrinhos políticos de maior peso não estão funcionando nem tendo reconhecimento e influência eleitoral na sucessão municipal deste ano. A 20 dias da votação de 15 de novembro, nenhum dos candidatos apoiados pelos caciques políticos, Bolsonaro e Lula, tem tido bom desempenho. A constatação não se refere somente às eleições de Belo Horizonte, como também em outras capitais e importantes centros urbanos.


O ex-presidente Lula manifestou, nas redes sociais, apoio a oito candidatos a prefeito (a) nas capitais brasileiras. O atual presidente, Jair Bolsonaro, sinalizou apoio a outros quatro. Desses, nenhum lidera as pesquisas. A melhor posição dos candidatos de ambos está em Fortaleza (CE), onde os postulantes deverão disputar a prefeitura em segundo turno.

Rivais e padrinhos políticos, Lula e Bolsonaro (Valter Campanato/Agência Brasil + Marcelo Camargo/Agência Brasil)


Aliados têm menos de 3% em BH


Na capital mineira, os candidatos que se vinculam ao presidente Bolsonaro, e que dele recebem apoio, estão abaixo dos 3 pontos percentuais nas pesquisas. É o caso de Bruno Engler (PRTB) e de Lafayette Andrada (Republicanos). Ambos se apresentam como representantes do bolsonarismo, mas não atraem os seguidores do presidente.


O petista Nilmário Miranda, ex-ministro do governo Lula, também exibe mensagens do ex-presidente, mas não conseguiu ultrapassar a marca dos 3%. Depois de governador a cidade por cerca de 10 anos, o PT tem apenas dois vereadores na Câmara Municipal e se esforça para manter o atual número. O candidato do Novo, Rodrigo Paiva, perdeu a oportunidade de vincular seu projeto ao do governador Romeu Zema, do mesmo partido. Ainda não teve sucesso nesse formato. Tem menos de 3%.


Apoio explícito trouxe prejuízo


Na maior cidade do país, o candidato Celso Russomanno (Republicanos) recebeu apoio aberto de Bolsonaro. Desde então, vem perdendo aprovação e caiu para segundo lugar, atrás do candidato à reeleição e prefeito, Bruno Covas (PSDB). O petista Jilmar Tatto tem apenas 4%.


No Rio de Janeiro, o líder das pesquisas não tem apoio de Lula ou Bolsonaro. Eduardo Paes (DEM) tem 28%, segundo o último estudo divulgado pelo Datafolha. O atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), apoiado por Bolsonaro, tenta ir ao 2º turno. No entanto, está empatado tecnicamente com Martha Rocha (PDT), que cresce nas pesquisas. A petista Benedita da Silva (PT) está em quarto lugar.


Chances estão no Nordeste


Na capital pernambucana, o ex-presidente Lula demonstrou apoio a Marília Arraes (PT), que tenta ir ao 2º turno, mas está em situação de empate técnico com Delegada Patrícia (Podemos) e Mendonça Filho (DEM).


O PT tem na capital cearense uma de suas mais bem colocadas candidatas: Luizianne Lins. Ela é apoiada por Lula e pode chegar ao 2º turno com Capitão Wagner (Pros), candidato de Bolsonaro.


Na capital baiana, as pesquisas sinalizam que Bruno Reis (DEM), apoiado pelo atual prefeito ACM Neto (DEM), pode ganhar já em 1º turno. Nessa cidade, assim como em Aracaju e Natal, os candidatos de Lula não estão competitivos.


Comércio não faz oposição


Nenhum dos candidatos a prefeito de BH conseguiu atrair para si a insatisfação do comércio e do empresariado com o atual prefeito, Alexandre Kalil (PSD). A rejeição do segmento à atual gestão cresceu após a aprovação do plano diretor da capital e se agravou durante a pandemia. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH), BH manteve o comércio na maior quarentena do mundo.


Razões do favoritismo de Kalil


De acordo com o diretor da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, o sucesso da candidatura de reeleição do prefeito Alexandre Kalil está na aprovação de sua gestão.


Kalil tem a maior aprovação entre outros prefeitos das capitais nas pesquisas feitas por vários institutos e, por isso, está com a maior intenção de votos nesta campanha eleitoral. A gestão de Kalil vem sem aprovada a cada pesquisa.


Na última sondagem da Paraná Pesquisas, feita entre os dias 20 e 23 de outubro, Kalil obteve 59,5% das intenções de voto na estimulada. Na avaliação da gestão, a mesma pesquisa aponta que a dele tem 61,1% de aprovação (ótimo, 17,1%, e boa, 44,0%). A pesquisa está registrada no TSE sob nº MG 05471/2020.


Pelo Datafolha (20 e 21 de outubro), a administração do prefeito chegou a 70% na soma de ótimo e bom. Na mesma pesquisa, sua candidatura cresceu de 56% para 60% das intenções de voto. O Datafolha ouviu 868 eleitores de BH. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-02866/2020


Calmaria perigosa


Para quem acha que a eleição está definida, seguem duas avaliações curiosas. Segundo o marqueteiro mineiro, Paulo Vasconcelos, que hoje faz campanha na capital paulista, a campanha “ainda não ferveu e vive uma calmaria perigosa”. A outra foi feita pelo próprio prefeito Alexandre Kalil à Folha de S. Paulo. Ao ser perguntado sobre a própria reeleição em primeiro turno, ele disse que vem do futebol e que lá as coisas são decididas em dois tempos.


O diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, admitiu que há possibilidade de maior engajamento do eleitor após o feriado de finados (2/11), na semana que vem. Primeiro, por ser aproximar e por entrar no mês das eleições. Aí admite que alguma coisa pode até acontecer, desde denúncias ou frases de efeito que poderiam trazer alguma alteração no quadro. Caso contrário, a ‘calmara perigosa’, ou não, se manteria até o dia 15 de novembro.


O fato é que, até agora, o baixo crescimento dos concorrentes tem sido insuficiente para levar a disputa para o segundo turno, já que a soma das intenções de todos os rivais de Kalil não chega a 25%




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