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Aumenta a empregabilidade entre jovens, mas risco social trava avanços

Cerca de 602 mil jovens entre 14 e 24 anos conquistaram o primeiro emprego por meio da Lei da Aprendizagem, em março deste ano. Um número significativo, mais ainda pequeno quando comparado aos 3 milhões de jovens desocupados e aos quase 5 milhões que não estudam e nem trabalham, de acordo com dados oficiais. Segundo o último censo, do IBGE e do Ministério do Trabalho e Emprego, o segmento representa 17% da população, ou seja, esse grupo geracional forma um contingente de 34 milhões de pessoas.

Jovens são atendidos pela Fundação CDL/BH, fotos Luis Silva/CDL-BH


Essa parcela da população enfrenta os desafios da conquista do primeiro emprego formal e, com isso, têm mais dificuldade em transpor as barreiras da vulnerabilidade social. Levantamento da Fundação CDL-BH, braço social da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), no ano de 2023 foi confirma a realidade. Dos mais de 1.300 jovens atendidos pela entidade, 19,64% estão em situação de alto risco social, tendo a renda per capita do núcleo familiar girando em torno de R$ 0,00 a R$ 529,00. Outros 28,12% estão em situação de risco social, com a renda per capita de R$ 529,51 até R$ 1.059,00.


Fragilidade econômica


“Muitos desses jovens e suas famílias vivem em um cenário de fragilidade econômica. Oferecer a eles uma oportunidade de trabalho é contribuir para uma mobilidade social que transforma realidades e minimiza a vulnerabilidade”, avaliou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.


Para romper os desafios deste cenário, ações de capacitação e primeiro emprego,  como o Programa Educação e Trabalho (PET), realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), por meio da Fundação CDL-BH, são o caminho para mudar essa realidade. Segundo o MTE, estabelecimentos de qualquer natureza, que tenham pelo menos sete empregados, são obrigados a contratar aprendizes, de acordo com o percentual exigido por lei (Art. 429 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT), sendo o mínimo 5% e o máximo 15% em relação à quantidade de empregados.


“Ampliar a parcela de jovens no mercado de trabalho é fundamental para que o desenvolvimento econômico e social do país seja sustentável e atinja as camadas mais desfavorecidas da população. O mercado de trabalho, especialmente o setor de comércio e serviços, sente dificuldades em encontrar mão de obra. Por outro lado, temos jovens em busca de uma oportunidade. O que queremos é criar uma ponte entre esses interesses e ajudar a promover a empregabilidade”, adiantou o presidente da CDL/BH.

Presidente da Fundação CDL- BH, Vilson Mayrink: contra a informalidade


Fuga da informalidade


De acordo com o presidente da Fundação CDL-BH, Vilson Mayrink, um dos benefícios do primeiro emprego como aprendiz é a fuga da informalidade. “O trabalho de aprendiz permite que o jovem inicie sua trajetória profissional com todos os respaldos da lei trabalhista. Infelizmente, existem muitos atuando de maneira informal e, com isso, tendem a levar esse comportamento para os próximos passos da carreira”, pontuou.


Essa transformação social foi vivenciada por Larissa Almeida, 25, supervisora de treinamento na Localiza&Co . Ela iniciou na empresa aos 17 anos, em 2016, por meio de um programa de recrutamento de jovens realizado pela Fundação CDL-BH, em parceria com a companhia. Desde então, sua trajetória foi de ascensão e, atualmente, ela ocupa uma posição de liderança. “A minha experiência como aprendiz e oportunidade do primeiro emprego foi revolucionária, pois, eu estava recém-formada do Ensino Médio. E, como a maioria dos jovens que vivem nas periferias do Brasil, eu não tinha perspectiva de futuro. Eu finalizei os estudos, meus pais não tinham condições de pagar uma faculdade e, quando eu participei desse processo seletivo, com mais de dois mil jovens . No dia que eu fui recrutada, foi o dia que minha realidade começou a se transformar”, apontou.


Assistência


Quando iniciou sua trajetória como aprendiz, Larissa atuou no setor de treinamento e desenvolvimento de pessoas. Essa experiência influenciou sua escolha acadêmica, a levando a cursar Gestão de Pessoas e, hoje, oito anos depois, é líder da mesma área. “Desde o início da minha carreira na Localiza, o meu perfil foi moldado, tanto para a área que eu mais adequava, quanto para o comportamento enquanto profissional. Acredito que o sucesso que alcancei, só foi possível por conta dessa assistência que tive no primeiro emprego”, conta Larissa Almeida.


Assim como Larissa, Fernanda Fagundes, 18, também iniciou sua trajetória profissional como jovem aprendiz. Em julho de 2023 ela ingressou na Unimed-BH, por meio do PET, da Fundação CDL-BH e, atualmente, é funcionária efetivada da empresa. Ela iniciou na categoria aprendiz em julho de 2023 e, em dezembro do mesmo ano, foi aberta uma vaga no setor administrativo onde atuava. Ao completar a maioridade, foi contratada. “A experiência de menor aprendiz mudou completamente a minha vida, eu aprendi a desenvolver habilidades, aceitei que errar faz parte de todos nós, melhorei meu Networking e timidez. Também aprendi a ter equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho”, comentou.

(*) com informações da Ascom/CDL-BH

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