Após 10 dias de TV, quadro não se altera e reduz chance de 2º turno em BH
A conta não tem base científica, mas, de acordo com especialistas e suas experiências, os 10 primeiros dias de campanha na tv e rádio seriam fundamentais para eventuais mudanças. Caso contrário, não haveria chances de alteração, já que estaremos a menos de 30 dias da votação. Nesta segunda, chega-se ao 11º dia de propaganda gratuita eleitoral, em Belo Horizonte, e não há sinais, até agora, de que poderá ocorrer o segundo turno.
João Vitor Xavir (Cidadania), Áurea Carolina (PSOL), Rodrigo Paiva (Novo) e Nilmário Miranda, fotos Luiz Santana/ALMG, Vinicius Loures/Câmara, Facebook de Paiva e Cobertura Utópica/site PTMG e...
Bruno Engler (PRTB) correm contra o tempo, foto Sarah Torres/ALMG
Ou seja, o quadro eleitoral está inercial. O prefeito Alexandre Kalil (PSD), mantém-se favorito para se reeleger em primeiro turno, no dia 15 de novembro. De acordo com o Ibope, ele está com 59%, cresceu um ponto percentual, dentro da margem de erro da pesquisa de 3 pontos percentuais. A pesquisa citada está registrada no TRE sob nºMG-00100/2020 e foi feita entre os dias 13 e 15 de outubro.
Contagem regressiva
Restam somente 27 dias para a votação; o tempo corre contra os rivais do prefeito. Ao contrário do que eles imaginavam, os programas não produziram o efeito esperado. Especialmente, para o segundo colocado, João Vitor Xavier (Cidadania). Ele apostava muito pelo fato de ter conquistado o apoio do maior número de partidos, oito em sua coligação, conferindo-lhe, por isso, o maior tempo na tv e rádio.
Somam-se a isso a experiência e a familiaridade que ele tem com a comunicação, como apresentador de programa de rádio, e com os microfones do plenário da Assembleia Legislativa, onde é deputado de terceiro mandato. Ele é o que mais chances de, com o próprio crescimento nas pesquisas e de outros concorrentes, levar a disputa para o segundo turno.
Falta de debates afeta mudanças
Por enquanto, a disputa é pelo segundo e terceiro lugares. João Vitor se descolou desse grupo, está com 7 pontos. No entanto, é perseguido por Áurea Carolina (PSOL), com 3 pontos, e Bruno Engler (PRTB), com 2 pontos.
Ainda contribui para esse quadro de inércia na campanha eleitoral, a desistência das emissoras de TV, à exceção da Band, em realizar debates. Por conta disso e da pandemia, o eleitor está sinalizando, além das intenções de voto manifestadas, que não deseja sair de casa duas vezes para votar e se expor aos riscos da Covid-19.
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