Sindicatos projetam protestos contra reforma de Zema em prédios de BH
Em tempos de pandemia, os servidores públicos encontraram meio de fazer protesto contra a reforma da previdência do governador Romeu Zema (Novo) sem promover aglomerações.
Numa ação inédita, foram realizadas projeções contra as mudanças na aposentadoria em três dias da semana passada (4, 5 e 6 de agosto). A iniciativa foi do Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Minas Gerais (SINDSEMPMG). E parceria do Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância do Estado de Minas Gerais (SERJUSMIG).
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Fachada do Edifício JK recebeu as projeções, fotos site do SINDSEMPMG
Para as exibições de grandes projeções,foram usadas charges de autoria de dois renomados chargistas do país, Carlos Latuff e Duke, em prédios e espaços públicos de Belo Horizonte. A ação faz parte dos protestos das entidades sindicais representativas do funcionalismo público contra a Reforma da Previdência encaminhada pelo governador à Assembleia Legislativa.
Frases também foram usadas em prédios e espaços públicos
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Projeção feita na Serra do Curral manifestando rejeição à reforma, foto site do SINDSEMPMG
Além das charges, foram projetadas frases como “Zema, combata a sonegação e não o serviço público”, “sem servidor não há serviço público”. E mais, “cidadão e servidor público com orgulho, contra as reformas de Zema” que também estamparam os paredões.
As imagens foram projetadas em locais icônicos como o paredão da Serra do Curral e o Edifício JK, além de outros prédios com grande visibilidade em endereços estratégicos e movimentados como Av. Olegário Maciel, Bias Fortes e Via Expressa.
A proposta de reforma tem, nesta quarta (12) mais uma etapa de sua tramitação na Comissão de Trabalho e Previdência do Legislativo. As novas regras propostas pelo governo para a aposentadoria dos servidores estaduais têm causado controvérsia entre deputados, representantes do funcionalismo e gestores do Poder Executivo. O governo alega que a reforma é necessária para cobrir o déficit fiscal no sistema que, por ano, alcança a casa dos R$ 18 bilhões em 2020.
Debate para discutir previdência na Assembleia
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Mais uma das projeções contra a reforma de Zema na Praça Raul Soares (BH), foto SINDSEMPMG
Por isso, a Assembleia Legislativa promove mais um debate sobre o assunto, nesta quarta (12), em audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social.
A deputada Marília Campos (PT), que solicitou a audiência em companhia do presidente da Comissão do Trabalho, deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), vai comandar a reunião.
Também participará presencialmente do debate a diretora do Sindicato dos Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado, Antonieta Faria.
De forma remota, vão apresentar suas contribuições Otto Levy, secretário de Estado de Planejamento e Gestão, o deputado Flavio Serafini, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. E mais, Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Únicos dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), João Diniz Júnior, ex-presidente do Ipsemg. Além deles, Moisés Melo, presidente da Associação dos Contribuintes do Ipsemg.