Kalil diz que não foi eleito miss simpatia e que não cederá a empresário
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse, neste sábado (11), que não entregará a prefeitura para empresariado. “Não fui eleito para ser miss simpatia. A prefeitura não será entregue ao empresariado enquanto eu for prefeito”, afirmou ele, ao comentar campanha do segmento contra ele.
Kalil concede exclusiva aos jornalistas da Band, Inácia Soares e Murilo Rocha, reprodução Youtube
A declaração foi dada durante o programa Entrevista Coletiva da TV Band Minas. Setores do empresariado decidiram que irão fazer doações para candidaturas de oposição com o objetivo de tentar impedir a reeleição do prefeito. Segundo ele, há um “plano da elite” para levar a eleição para o segundo turno, mas o considerou uma bobagem. “É claro que vai haver segundo turno”, avaliou.
Kalil apontou que, por conta do período eleitoral, surgiram também a figura dos “parasitas do vírus”. “Esse aproveitamento vem da ignorância. Além do vírus, temos parasitas do vírus”, insistiu ao contestar a cobrança por equipamentos e mais investimentos na saúde para combater a pandemia do coronavírus. “Tentam enganar o povo. Quem cura gente é gente, não é equipamento”, reagiu, afirmando que o incomoda não são os “parasitas”, mas a doença, a economia e o comércio parados.
Relação beligerante com o Estado
Sobre o relacionamento com o governo do Estado, reconheceu que há um clima beligerante contra a prefeitura do qual disse não entender. “Não sou o estado, somos prefeitura. Estamos resolvendo problemas que não são nossos. Não sou o estado, não tenho banco, não tenho o BDMG”, repetiu, referindo-se ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, de propriedade do Estado.
Informou ainda que a ajuda externa que recebeu foi do governo federal, no valor de R$ 300 milhões, no combate à pandemia. “Do Estado, foram apenas R$ 86 milhões”, apontou.
