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Esquenta e esfria da crise ganha apreensão por conta da questão militar

O governo Bolsonaro deu sinais de que buscaria esfriar a crise, mesmo sem muita convicção, até porque o movimento não faz parte da cartilha presidencial. Ele, quase sempre, prefere o confronto. Ainda assim, o presidente participou, ao lado de bancada de ministros generais, da posse virtual do ministro Alexandre de Moraes (STF) como membro da Justiça eleitoral, na terça (2).

Prestigiado por Bolsonaro, seus ministros e do TSE, Alexandre de Moraes toma posse na Justiça Eleitoral, reprodução Abdias Pinheiro/ASCOM TSE

O gesto foi interpretado como bandeira branca, especialmente depois que Bolsonaro obteve vitória no caso do celular, que teve pedido de apreensão negado pelo ministro Celso de Mello (STF). Em seu despacho, o ministro manteve o tom firme e despachou recados vários. Em um deles, pontuou que seria inaceitável, e até caracterizado, como crime de responsabilidade do presidente o descumprimento de ordem judicial. Bolsonaro havia ameaçado não entregar o celular, arroubo desnecessário e precipitado já que não havia ordem nesse sentido. Apenas pedido de partido político.

Turbulência política agita os armados

Discursos para cá e bravatas de lá, a situação está, até o momento, sem aquelas “consequências imprevisíveis” advertidas pelo ministro general da reserva Augusto Heleno. Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, divulgou nota, igualmente precipitada e com esse tom ameaçador, antes de decisão judicial. Ou seja, falta claramente visão política, reafirmando apenas o lado autoritário.

É possível que essa turbulência tenha deixado agitados setores das Forças Armadas (ativos), que, embora vacinados com a história recente, veem riscos de instabilidade democrática.

Os operadores de direito e autoridades passaram o dia gastando o latim, à luz da lei, sobre eventual ameaça de intervenção militar diante de crise dos outros poderes. Uma declaração do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, desenhou melhor a situação. Segundo ele, as Forças Armadas não têm o poder moderador da crise porque não são um poder. Simples, para bom entendedor. Tanto é que, quando o fazem, recorrem à força. Muito se fala delas, mas o presidente, que já foi capitão do Exército desligado por indisciplina, ainda tem forte apoio de outro setor que se tornou militar, as polícias estaduais.

Lula volta ser o velho Lula

Outra surpresa dessa crise é a posição do ex-presidente Lula (PT) de não querer se misturar, se unir aos diversos manifestos contra os ataques de Bolsonaro à democracia. Dizendo que não poderia estar ao lado da elite e de personalidades que ajudaram a derrubar a presidenta Dilma Rousseff (PT) e votaram contra os direitos trabalhistas.

Lula sempre foi assim e conduziu o PT para fora de importantes e históricos momentos da política brasileira, como o Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo presidente em 1985. E mais, não apoiou a promulgação da atual Constituição Federal, em 87, e nem o Plano Real, em 94.

Como todas as outras, a hora é de amadurecimento político. Não deveria ser de disputa política por espaço e vaidades, mas em favor da democracia. Assim como aconteceu na ditadura, especialmente em seus últimos anos, como na ‘diretas-já!’.

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