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Redes sociais não seguram declínio da aprovação de Bolsonaro no mundo real

A popularidade digital do presidente Jair Bolsonaro (média de 77,7), a maior entre os políticos, não tem sido suficiente para garantir sua aprovação ou de seu governo no mundo real. O presidente mantém a liderança no mundo digital pela estratégia de polemizar e difundir fatos novos praticamente todos os dias. O Índice de Popularidade Digital (IPD) é medido pelo instituto mineiro Quaest Consultoria e Pesquisa desde janeiro do ano passado.

Tudo indica que a popularidade digital não tem uma relação direta com a aprovação, ao contrário, podem até ser opostas entre si. Tanto é que, apesar do alto IPD, a aprovação do governo Bolsonaro diminuiu em maio, dando lugar a uma maior taxa de reprovação. Os dados, agora, são da pesquisa XP Ipespe, de terça (19), apontando que aqueles que consideram o governo bom ou ótimo representavam 27% dos entrevistados na rodada anterior, concluída em 30 de abril. Agora, esse número oscilou para 25%.

Bolsonaro em foto de Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Já aqueles que consideram o governo ruim ou péssimo cresceram — dentro da margem de erro — em um ponto percentual, de 49% em abril para 50% em maio. Para a pesquisa, foram feitas 1.000 entrevistas com abrangência nacional, em 16, 17 e 18 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais. No mesmo dia, o índice de popularidade digital dele foi de 66,2, segundo o Quaest (veja abaixo).

Pesquisa digital feita no dia 17 de maio pelo instituto Quaest

Dois ministros ameaçaram a liderança

A liderança de Bolsonaro no monitoramento só foi ameaçada em dois momentos, com a queda dos ministros da Saúde e da Justiça, respectivamente, Luiz Mandetta e Sérgio Moro. Eles chegaram perto do índice do presidente, mas, após deixarem o governo, derreteram nessa modalidade de avaliação.

De acordo com o diretor do instituto, o cientista político Felipe Nunes, o protagonismo de Bolsonaro não é fruto apenas do fato de ele ser o principal ator político do cenário atual. “Se deve à sua habilidade para engajar”, observou ele, reconhecendo, por outro lado, que o presidente tem enfrentado uma piora no critério valência (reações). “O que ele produz tem tido ao longo do tempo cada vez mais reações negativas, acompanhando o que as pesquisas de opinião mostram sobre sua aprovação”, observou Nunes.

O próprio instituto Quaest já havia identificado, em abril, o crescimento da rejeição de Bolsonaro em suas pesquisas, chegando a 48%, com apenas 20% de aprovação e 30% de regular, após ouvir mil pessoas pela internet.

Digital não substitui pesquisa de opinião

Tudo somado, conclui-se, em primeira análise, que a internet não seria uma prévia ou uma pesquisa de opinião, como sugerem as duas medições da Quaest. Bolsonaro é mais popular nas redes e o mais mal avaliado nas pesquisas. Ele chegou à Presidência favorecido por essa onda nas redes sociais, que, como se vê, não o sustenta nem segura o declínio da aprovação do presidente.

O chamado IPD (Índice de Popularidade Digital), com pontuação que varia de 0 a 100, é medido pelo Quaest. A base são os dados de Twitter, Facebook e Instagram, além de YouTube, Google e Wikipédia. Com as informações, a Quaest gera uma classificação diária.

O IPD é calculado com base em seis aspectos, entre eles: mobilização (total de compartilhamentos de conteúdos), interesse (buscas por informação no Google e na Wikipédia), presença digital (número de redes sociais ativas) e fama (público total nas redes).

As outras duas dimensões avaliadas são: engajamento (volume de reações e comentários ponderado pelo número de postagens) e valência (proporção de reações positivas e negativas). O indicador compara o desempenho do que é produzido pelos políticos e as respostas ao conteúdo.

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