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Moro não sai por vaga no STF; Bolsonaro não o tira por reeleição em 2022

Jair Bolsonaro pode ser chamado de tudo, menos de louco para chegar a demitir o ministro mais popular de seu governo, Sérgio Moro (Justiça). Se dispensar Moro, ou deixar ele pedir demissão, terá que enfrentá-lo na sua própria sucessão presidencial de 2022. Não será a primeira vez que um e outro recuará do destempero inicial. Os bombeiros já entraram em campo para esfriar o cozimento de Moro por Bolsonaro.

Moro tem aprovação maior do que a de Bolsonaro, segundo Datafolha, Foto - Agência Brasil

O ministro da Justiça deverá continuar, segurando ainda o cargo de chefe da Polícia Federal (PF). O atual, Maurício Valeixo, é o nó da discórdia. Valeixo ficará e Moro também. Ou Valeixo sairá, e Moro indica alguém para o lugar dele, mantendo o que ele chama de “carta branca” para compor a equipe. Em ambos os casos, o ex-juiz ficará até mais fortalecido, ao peitar o chefe pela segunda vez.

Por que não se demite nem é demitido?

Por que Moro não sai? O interesse e objetivo maiores dele é ganhar a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga do decano Celso Melo, que se aposenta em novembro. Além de vitalício, o cargo é o ponto mais alto da carreira para um jurista, seja ele juiz ou ex-juiz. Esse é o caso de Moro, que abandonou a carreira na Magistratura federal após ganhar essa promessa do cargo por Bolsonaro, logo após sua eleição.

Por que Bolsonaro o mantém? Porque sabe que, fora do governo, o popular Sérgio Moro poderia se animar a disputar a Presidência da República em 2022. Para que correr o risco, ainda mais em seu campo político? Tudo somado, vão tolerar um e outro, até novembro, para alcançar seus objetivos.

Bombeiros entraram em campo

Os bombeiros da crise são os ministros da Casa Civil, Braga Netto, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Desde o ano passado, Bolsonaro insistia na troca de comando da PF, e Moro, resistia. Dito pelo não dito, Bolsonaro recuou daquela vez.

Agora, os bolsonaristas estão de cara feita para Moro porque ele não estaria fazendo a defesa do presidente ante a crise do coronavírus. Antes da demissão de Mandetta, do Ministério da Saúde, Moro e Paulo Guedes, ministro da Economia (outro ameaçado), deram apoio a ele em favor do isolamento no combate ao avanço da doença. Ambos ignoraram o posicionamento do presidente.

Além da crise com Moro, Bolsonaro isolou Guedes da elaboração e lançamento do plano de retomada econômica, anunciado na quarta (22), durante a pandemia. Também está no cozimento a banho-maria.

Desencontros de Bolsonaro e Moro

Outras divergências entre eles abalam a relação de confiança. No ano passado, Bolsonaro tentou em vão dividir a pasta de Moro em duas, separando a Segurança Pública da Justiça. Além dessa, as demais referem-se à prisão após condenação em 2ª instância; o Pacote anticrime, a criação do juiz das garantias, a perda do Coaf, o decreto do porte de armas, além do caso da nomeação e desnomeação de Ilona Szabó do Conselho de Polícia Criminal e Penitenciária.

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