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Zema fica esperto e dribla Kalil, mas Lagoa Santa dá motivo para fechar BH

Por pouco, o governador Romeu Zema (Novo) e o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), não se estranham de novo no combate à pandemia do coronavírus. Desta vez, Zema se preparou e, em vez de dizer não, desaconselhou Kalil a fechar as fronteiras da capital aos municípios vizinhos, da Grande BH. Com bom senso, o governador ponderou e pediu ao prefeito um planejamento e justificativa coerente ante a medida extrema. Sem os dados disponíveis, Kalil recuou e não brigou.

Kalil e Zema voltam a conversar sobre medidas contra o coronavírus, foto Divulgação e Pedro Gontijo/Imprensa MG

No meio da tarde, a vizinha Lagoa Santa deu ao prefeito de BH o argumento que precisava, decidindo reabrir o comércio e ignorando os riscos da pandemia. Os números e a ciência comprovam que não se trata de gripezinha nem oportunidade de atender ao delírio presidencial.

Ao seu estilo, Kalil anunciou que, a partir da próxima segunda (6), qualquer ônibus vindo de Lagoa Santa não entrará na capital mineira. A medida é uma reação ao decreto que, a partir do último dia 30, permitiu o funcionamento do comércio e da indústria nessa cidade.

“Balneário de férias irresponsável”

Alvo da mesma decisão de Kalil, Sete Lagoas saiu do cerco ao recuar após intervenção do Ministério Público. “Lagoa Santa virou o balneário de férias irresponsável. O prefeito foi avisado, conversei com ele. Conversei com o governador hoje. E disse: ‘Governador, o hospital que nós estamos fazendo – tanto o senhor, no Expominas, como eu, no Mineirão – não dá pra atender à festança que está sendo feita em Lagoa Santa’. Então, não venham contaminar quem não quer ser contaminado”, disse Kalil em recado ao prefeito Rogério Cesar de Matos Avelar (PPS), de Lagoa Santa.

Por meio do Twitter, o governador Romeu Zema (Novo) também se posicionou a respeito da questão. “Conversei agora com o prefeito de BH, Alexandre Kalil. Ele contou sobre o plano de promover barreiras sanitárias em acessos à capital. Lembrei que a cidade é rota para escoamento de produtos essenciais. Ele se comprometeu a manter os acessos abertos.

Além do impacto para o Estado, temos de lembrar que muitos profissionais, especialmente da saúde, moram na capital e trabalham na RMBH. A capital abastece e é de todos os mineiros. Por isso mesmo, pedi a ele um plano logístico, que ele se comprometeu conduzir com muita cautela”, afirmou na rede social.

Barreira vai vetar ônibus

O prefeito de Belo Horizonte esclareceu que a “barreira” é válida apenas para ônibus, e que carros, caminhões e ambulâncias vindos de Lagoa Santa terão livre acesso à capital. Sobre a situação de trabalhadores que precisariam circular entre as cidades em coletivos, Alexandre Kalil respondeu que não pode resolver problemas pontuais e que, “infelizmente, alguns vão pagar por outros”.

A prefeitura de Lagoa Santa se manifestou em nota: “Em relação a posição tomada pelo prefeito Alexandre Kalil, o município de Lagoa Santa respeita a autonomia do município de Belo Horizonte e reitera que prevalecerá, no município de Lagoa Santa, o diálogo profícuo e a busca de soluções de consenso que possam atender o interesse da nossa população”.

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