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Ao contrário de sua eleição, Zema tem que se desvincular do caso perdido Bolsonaro

Falam que é despreparo, inexperiência e visão liberal do partido ou do empresário. Seja o que for, o governador Romeu Zema (Novo) ainda vacila entre ser o que achou que dava para ser na gestão pública e o que tem que ser. Primeiro, veio a visão liberal, segundo a qual empresário e o brasileiro são sacrificados pelos impostos e que os políticos são perdulários e irresponsáveis. Depois, a crença de que representa renovação contra a velha política. Por último, o alinhamento ao comandante nacional que não comanda mais nada.

Zema recebe e apoia Bolsonaro, que pouco correspondeu, foto Pedro Gontijo/ Imprensa MG

Zema deve ser hoje o único dos governadores que apoia o caso perdido chamado Bolsonaro. O capitão o ajudou a se eleger no contexto dos apolíticos. Ambos se elegeram como filhotes da desconstrução política e representantes da nova política. Ganharam a eleição mais por W.O. do que por estratégia. A hora da verdade chegou e, na prática, governar é diferente do pensado.

Gestão com perfil tucano e pefelista

Na prática, Zema montou um governo que teve como base inicial o velho PSDB e, depois, o mais velho ainda DEM, herdeiro do PFL e da política tradicional. Como não deu certo, radicalizou, chamando para a ponta aqueles que nunca tiveram experiência política, de trabalho e até mesmo de vida. A turma do partido Novo. Se está preparado ou pronto, isso agora não importa mais; se a equipe é capacitada, também não. A difícil realidade exige que reajam para não serem engolidos pela pandemia.

Bolsonaro é um caso perdido e não veio para dar certo. O apoio de Zema a ele tem mais a ver com o oportunismo da velha política do que por identidade. O governador mineiro ainda pode se salvar, mas tem que mudar rapidamente porque a pandemia não vai esperar. A oportunidade de ser político, estadista, humano e eficaz é uma coisa rara e factível, especialmente quando uma realidade mais forte exige.

Ninguém faz nada demais ao ser líder na bonança. E agora, Zema? As chuvas se foram, e surgiu um inimigo invisível e que, apesar disso e de sua insignificante dimensão, desafia um mundo inteiro, arrogante e cheio de si, de tecnologia, ciência e verdades.

Novo tom na política e na comunicação

Ainda nessa quinta (2), Zema foi mais assertivo no encontro virtual dos governadores do Sul/Sudeste. Desta vez, assinou documento que declara, entre outras coisas, moratória da dívida dos estados junto à União. No mês passado, o governador fez mudanças na coordenação política e, principalmente, vai mexer em sua comunicação. A primeira mudança veio na primeira peça de comunicação em horário nobre da TV. Ganhou mais consistência.

A partir de agora, vai tratar o assunto como política de governo, montando comitê de cabeças pensantes. O mercado já dá como certa a incorporação do publicitário Paulo Vasconcelos, que adotou modelo exitoso nas gestões dos tucanos Aécio Neves, Antonio Anastasia e Tasso Jereissaiti e dos irmãos petistas Jorge e Tião Viana, no Acre.

As mudanças implantadas pelo novo secretário geral Mateus Simões já mostram serviço. Zema está mais aberto às coletivas de imprensa, embora a insegurança o limita a pronunciamentos.

Dos apolíticos, Kalil sai-se melhor

As pesquisas que saíram e vão sair a qualquer momento tendem a confirmar queda de Bolsonaro. Zema mantém-se estável por enquanto, apesar dos equívocos do reajuste anunciado e frustrado para policiais. Já Kalil vai conquistando mais aprovação ante as crises que experimenta, desde as chuvas e, agora, a pandemia.

Tudo somado, é bom perguntar que mundo é esse, porque, depois dessa tragédia virótica, ele não será mais o mesmo. Para o bem ou para o mal, um ex-embaixador brasileiro comparou o momento àqueles marcos da história do tamanho da revolução industrial, primeira e segunda guerras mundiais. A hora é de mostrar a que veio. Se não é igual ao que estava aí, pode ser melhor, ou até pior.

Além dos desafios comuns dos governos anteriores, crises fiscal e social, a de agora é inclassificável. Se não está pronto, se vire, porque ninguém vai pedir seu impeachment por isso. A crise é outra e precisa ser enfrentada. O que é ser político, governante, líder, gestor? É uma pergunta que todos fazem. Poucos têm a oportunidade de buscá-la.

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