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Direção nacional do Novo reprova e defende que Zema vete reajuste até de policiais


Nota de João Amôedo critica decisão de Zema, reprodução do site do Novo

Em nota postada em rede social e no próprio site, a direção nacional do Novo, partido do governador Romeu Zema, reprovou, nesta quarta (19), o reajuste aos policiais. E mais, defendeu que o governador vete todos os aumentos aprovados pela Assembleia, incluindo os dos servidores da segurança pública.

Após pressões e ameaças de policiais, Zema concedeu reposição salarial de 41,7% em três parcelas anuais. As negociações duraram um ano com a área de segurança. O custo total da medida foi estimado em R$ 9 bilhões pela Secretaria de Planejamento e Gestão.

Por conta da falta de isonomia e da pressão das demais categorias, a Assembleia Legislativa estendeu, nesta quarta (19), o reajuste para outras 13 categorias do funcionalismo. O custo final, se mantido, seria de R$ 20 bilhões.

Deputados do Novo foram contra

Durante toda a votação dos projetos, dois dos três deputados do Novo, Guilherme da Cunha e Bartô, votaram contra todos os reajustes. Somente, Laura Serrano votou a favor. Guilherme da Cunha criticou a fraqueza do governo em ceder ao que chamou de chantagens e ameaças dos policiais.

Bartô apelou para a crise fiscal, dizendo que o governo estava ignorando as dificuldades financeiras. E mais, que, com a medida, Zema estava ampliando em R$ 5 bilhões o déficit do estado, que, hoje, é estimado em R$ 13 bilhões.

A posição dos deputados do Novo e a do governador foi classificada como incoerente e “esquizofrênica” pelo deputado Sávio Souza Cruz (MDB). “O governador se gaba de cortar cafezinho, mas dá aumento de R$ 9 bilhões”, criticou.

Veja a nota do partido Novo na íntegra:

“O NOVO admira e apoia o excelente trabalho feito pelo governador Romeu Zema, mas discorda de sua decisão de conceder aumento salarial aos servidores da área de segurança. O partido entende o direito dos servidores de pleitearam reajustes, mas a situação fiscal atual de Minas, que herdou uma condição de calamidade financeira, não permite qualquer gasto adicional.

Defendemos que o governador vete todos os reajustes aprovados na ALMG, inclusive aqueles destinados à área de segurança. Atuar com coerência, sempre em linha com nossos princípios e valores, é o nosso maior compromisso com o cidadão brasileiro e fundamental para consolidarmos o NOVO como uma instituição diferenciada na política e os mineiros voltarem a ter o estado que merecem”.

A nota foi postada pela direção nacional, que tem, como presidente, João Amoêdo, ex-candidato presidencial.

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