Decreto das armas reconhece fracasso do estado na segurança
Se os políticos caíram na descrença, daí o sentimento de renovação na população, o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL), flexibilizando o porte de armas, reconhece o fracasso dos governos de que não são capazes de garantir a segurança pública. Aí, o cidadão, agora, que se vire, com a própria arma e faça a tal “legítima defesa”. A medida dividiu especialistas em segurança pública.
A novidade pode trazer sensação de segurança, mas não segurança propriamente dita, porque o cidadão comum não tem preparo nem condições financeiras para se manter capacitado a usar uma arma do ponto de vista técnico e emocional.
A flexibilização foi exagerada. Além de liberar as armas, as pessoas poderão ter até quatro em casa sem especificar o tipo: se de cano curto, longo, de porte menor e até maior. É preciso de tantas armas? Dentro de casa, isso traz várias preocupações: para as crianças, mulheres (vide aumento da violência doméstica com casos de feminicídio), mais homicídios nos conflitos de vizinhos, nos bares, no trânsito, além de atrair bandidos que vão querer roubar essas armas.
FOTO AGÊNCIA BRASIL/MARCELO CAMARGO: Caneta bic também pode matar