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Baixa precoce expõe despreparo nos primeiros 10 dias de governo

Dez dias depois da posse, aconteceu a primeira baixa num posto de destaque do governo federal, sinalizando uma primeira crise. O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Alex Carreiro, foi demitido, na quinta (11), pelo ministro das Reações Exteriores, Ernesto Araújo, pelo Twitter, mas desafiou o chefe ao se recusar a deixar o cargo. Trabalhou normalmente nesse dia, como se nada tivesse acontecido e sob o argumento de que só o presidente Jair Bolsonaro, que o convidou, poderia demiti-lo.

Redes sociais x diário oficial

O presidente levou 24 horas para confirmar a medida pelas redes sociais, depois, posou para foto com o ministro e o novo indicado, embaixador Mario Vilalva (estava no Chile). Seja como for, o demitido tinha lá alguma razão: demissões são feitas pelo diário oficial e não pelas redes sociais.

Crise ainda maior

A demissão, parece localizada, mas foi feita para aplacar outras duas crises maiores: superar divergências entre os ministros Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, e Paulo Guedes, da Economia, na condução da reforma da previdência e outros; e, a segunda, a polêmica em torno da promoção de Antônio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, para o cargo de assessor especial da presidência do Banco do Brasil com um salário três vezes maior que o atual.

Erro de foco

Em resumo, o governo levou dez dias para perceber que o protegido político nomeado, que era publicitário, não tinha qualificação para a vaga. Mais um sintoma de descoordenação e erro de foco. Estavam preocupados com a “despetização”, tirar os petistas do governo, mas se esqueceram de adotar critérios mais técnicos e da competência na hora de nomear os seus. Não basta ser aliado, defensor e seguidor. Governar é muito diferente de disputar uma eleição. Lembrando ainda que o PT deixou o governo em maio de 2016, após a derrubada da presidente Dilma Rousseff (PT).

Um recuo por dia

Se queria rever os atos do governo Michel Temer dos últimos meses, agora, terá que rever atos do próprio governo nos últimos 10 dias. Bolsonaro voltou atrás em pelo menos nove decisões anunciadas por seu governo, registrando uma média de um recuo por dia e refletindo a falta de planejamento, desentrosamento e despreparo de boa parte equipe.

Recuos do governo:

- da ordem de paralisação da reforma agrária;

- passo atrás na nova versão do edital para a aquisição de livros escolares;

- a mudança da embaixada brasileira para Jerusalém corre o mesmo risco ;

- o aumento do IOF

- a redução da alíquota do Imposto de Renda, de 27,5% para 25%.

- a "despetização" dos servidores públicos

- e o anúncio das metas prioritárias do governo.

- demissão e readmissão dos servidores;

- Acordo entre Embraer e Boeing

É provável que surjam outros. Na reforma da Previdência, por exemplo. Bolsonaro defende idade mínima de 57 anos para a aposentadoria de mulheres e 62 para homens. Seu ministro Paulo Guedes pensa diferente.

FOTO AGÊNCIA BRASIL: Embaixador Mario Vallva, Bolsonaro e o ministro Ernesto Araújo

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