Nome de Dinis provoca estresse na Comissão de Transição
Por falar em reações, internamente, a comissão de transição de Zema vive momentos de ranger de dentes por conta dos rumores segundo os quais o ex-presidente da Assembleia Legislativa Dinis Pinheiro (Solidariedade) poderia assumir a articulação política do futuro governo. Um bilhete, com jeito de nota à imprensa, circulou entre os integrantes com críticas a essa possibilidade, com a seguinte pergunta: “Zema refém da política?”. De acordo com o autor anônimo, o ex-deputado estadual Dinis Pinheiro, derrotado na eleição para o Senado, se articula para assumir a coordenação política. “Apoiado por tradicionais lideranças na Assembleia, Diniz já se anuncia Secretário de Governo a partir de janeiro”.
De acordo com a mesma mensagem, por trás de tudo isso, há o desejo de boa parte dos atuais e ex-deputados estaduais em manter privilégios e o conhecido “balcão de negócios” com o governo estadual. “Zema, governador eleito com o propósito de acabar com os privilégios, caminha para virar refém da velha política”. Dinis teve apoio, como candidato ao Senado, do então candidato presidencial Jair Bolsonaro (PSL), mas não foi suficiente para elegê-lo. A indicação pode ter o aval de Bolsonaro e abrir canal com o futuro presidente.
Se confirmada a escolha, poderá surgir aí a primeira crise entre os aliados do futuro governo. Na Assembleia Legislativa, há uma articulação para dar função semelhante ao atual presidente Adalclever Lopes (MDB) por meio de um posto em uma estatal de peso. A dificuldade seria a exigência de diploma superior que Adalclever não teria.
Alguns aliados dos tucanos preveem secretários do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), como Renata Vilhena, poderiam ser indicados para a futura administração e até mesmo a manutenção de secretário do governo petista.
FOTO REPRODUÇÃO BHAZ, com foto de Luiz Santana/ALMG: Dinis é criticado por ser da 'velha política'