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Sem 3ª via, Pimentel e Anastasia deverão decidir eleição no 1º turno

Depois que a sucessão presidencial atropelou, por duas vezes, a sucessão mineira, para impedir o surgimento da terceira via na disputa, a eleição para governador deverá ter apenas um turno ante a reedição da polarização entre o PT e o PSDB, como acontece há 16 anos em Minas. Caso o candidato do PSB, Marcio Lacerda, não consiga manter, na justiça, sua candidatura, o duelo será travado entre o candidato petista e governador Fernando Pimentel, que tentará ficar mais quatro anos no cargo, e o senador tucano Antonio Anastasia, que tentará voltar ao governo estadual, depois de tê-lo dirigido entre os anos de 2009 e 2014.

Em duas ações paralelas e semelhantes, o PT e PSDB agiram, por meio de acordos nacionais de cúpula, para tirar, com intervenção ou entendimento, as candidaturas de Marcio Lacerda (PSB) e de Rodrigo Pacheco (DEM) da disputa. No primeiro caso, após aliança nacional entre o PT e o PSB, o primeiro retiraria sua candidatura ao governo pernambucano para apoiar a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB); em troca, o segundo faria o mesmo em Minas: cancelaria a candidatura (de Lacerda) para apoiar a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT).

Em Pernambuco, deu certo apesar dos protestos dos petistas, mas, em Minas, o pessebista Marcio Lacerda resistiu, manteve a candidatura e sofreu intervenção. O caso está, agora, nas mãos do Judiciário, embora os estatutos partidários confiram à direção nacional superpoderes que são impositivos e absolutos perante suas regionais, especialmente as provisórias, como é a situação do PSB mineiro.

Já na segunda interferência, de iniciativa tucana, não foi necessário o recurso da intervenção. Um dia depois de ser homologado na convenção estadual do DEM, Rodrigo Pacheco recebeu visita nada cordial de uma delegação nacional, composta pelo presidente da Câmara dos Deputados e liderança nacional de seu partido, Rodrigo Maia, e pelo candidato presidencial do PSDB, Geraldo Alckmin. Juntos, eles se uniram ao candidato a governador pelo PSDB, Antonio Anastasia, para pressionar Pacheco a desistir e, ao mesmo tempo, tornar-se candidato a senador na chapa do tucano. A contragosto, Pacheco cedeu e, com isso, ajuda a editar em Minas o centrão, bloco de partidos de centro-direita que integra a coligação do PSDB em nível nacional, reunindo DEM, PP, PRB e Solidariedade, entre outros.

Com o cancelamento da candidatura de Pacheco e, provavelmente, da de Lacerda, PT e PSDB conseguiram o que mais queriam: o duelo polarizado, antecipando o segundo turno dentro do primeiro turno. Assim tem sido, em Minas, desde 2002 e 2006, quando o tucano Aécio Neves venceu o PT, elegendo-se e reelegendo-se no primeiro turno. Em 2010, Anastasia venceu a aliança MDB/PT também no primeiro turno e, em 2014, foi a vez de o PT de Pimentel bater, na primeira votação, o PSDB do então candidato Pimenta da Veiga.

Caso Lacerda não consiga, ficará em seu lugar, Adalclever Lopes (MDB), que está como vice hoje. Ainda assim, ele e os outros candidatos: Romeu Zema (Novo), João Batista Mares Guia (Rede), Dirlene Marques (PSOL) não poderão mudar essa história. A dificuldade maior são as desfavoráveis condições de campanha deles, como pequeno tempo de TV, participação em debates e a presença nos 853 municípios mineiros, além de um tempo muito curto de campanha de apenas 45 dias. Assim, não haveria tempo hábil e condições para que os outros candidatos cresçam nas intenções de voto e provoquem um segundo turno.

Não havendo uma pontuação, na soma das intenções de votos de todos os candidatos, que seja maior que a diferença entre os dois primeiros lugares não haverá segundo turno. O que é preciso para ter segundo turno é exatamente isso, que um candidato obtenha 50% mais um voto dos votos válidos na eleição. Se o candidato A alcançar um volume de votos que seja maior do que a soma de todos os outros, ainda que seja por um voto, a fatura fica liquidada no primeiro turno. Tudo indica que é o que pode acontecer nestas eleições para governador, resultado da polarização, que dessa vez, foi imposta pela sucessão presidencial.

Marcio Lacerda está desde o início do ano tentando viabilizar sua candidatura pela terceira via. Conseguiu aparecer em terceiro lugar em todas as pesquisas de opinião e, antes de ser atropelado pela direção nacional, estava fechando ampla aliança, reunindo o MDB, para dar-lhe sustentação e o segundo maior tempo na TV durante o horário gratuito eleitoral. Foi abatido em pleno voo. Pacheco apostou na renovação para abrir espaços entre os dois maiores polos da política mineira, mais foi igualmente atropelado para tradicional prática de política de acordo de cúpulas.

FOTO AGÊNCIA MINAS E AGÊNCIA BRASIL: Pimentel e Anastasia irão travar o duelo na sucessão mineira

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