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Pimentel ataca rivais e adverte que democracia está em risco no país


FOTO AGÊNCIA MINAS/MANOEL MARQUES: Pimentel entregou a medalha a Mônica Benicio, companheira de Marielle Franco

“A democracia hoje está ameaçada pelos excessos e abusos do poder”, afirmou o governador Fernando Pimentel (PT), durante discurso (leia a íntegra logo abaixo) na cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, neste sábado (21), em Ouro Preto. De acordo com Pimentel, a ameaça vem da violência, perseguições, casuísmos e pelos excessos e abusos de poder.

“O Brasil viveu a escuridão do arbítrio após o golpe de 64 e caminhou nas trevas do ontem durante mais de 20 anos, até reconquistar o amanhã da democracia. Hoje, essa conquista histórica, que tanto sacrifício custou à nação brasileira e à minha geração em particular, está ameaçada. A democracia está em risco, ameaçada pelas violências, pelas perseguições, pela brutalidade, pelos casuísmos, pelos excessos e abusos de poder”, advertiu ele, pontuando que a estrada para o futuro não pode ser pavimentada pelo ódio, que tenta calar a voz de quem luta pela justiça social. “Falo de Marielle e Anderson. O fascismo que já mostra as suas garras em figuras toscas, racistas”, disse o governador.

A cerimônia agraciou, postumamente, a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson, ambos assassinados, no mês passado, durante atentado no Rio de Janeiro. Na homenagem deste ano, afirmou que Minas não estava reverenciando o ontem, mas os heróis do amanhã, que ousaram acreditar que o país conquistaria a independência.

Ainda no discurso, o governador atacou os rivais e antecessores por terem promovido, segundo ele, obras faraônicas e superfaturadas em Minas Gerais, em referência à construção da Cidade Administrativa (sede administrativa do governo mineiro) pelas gestões do PSDB. “Assumi o governo, não joguei pedras no que ficou pra trás. Encontramos um estado numa realidade de destruição das finanças públicas. Isto porque, antes de nós, houve obras faraônicas superfaturadas. Cartões postais do desperdício”, acusou. A obra foi construída nos governos tucanos de Aécio Neves (2003/2009) e, depois, de Antonio Anastasia (2009/2014), que será seu concorrente na disputa pelo governo de Minas nas eleições deste ano.

Para Pimentel, a situação herdada justificou o estado de calamidade financeira de Minas, que o levou a parcelar salários dos servidores e a atrasar repasses constitucionais aos municípios. Ainda assim, disse que o pior já passou e que, em Minas, não haverá colapso dos serviços públicos. “Aqui não houve nem haverá colapso dos serviços públicos. A despeito da crise econômica e do gigantesco déficit que herdamos, o Estado funciona e apresenta bons resultados. As forças de segurança cumprem o seu papel e a criminalidade está em queda, como mostram os índices. As obras que encontramos paralisadas foram retomadas e muitas já entregues”. Até o início da noite, o PSDB mineiro, ou aliados, não havia rebatido as acusações de Pimentel.

Também no discurso, homenageou políticos que foram perseguidos, incluindo, entre eles, o ex-presidente Lula (PT). “Assim como Getúlio Vargas, JK e Lula, heroicos construtores do amanhã foram perseguidos, mas conquistaram espaço eterno no coração de nossa gente”, disse.

Entre os agraciados, receberam a medalha o chefe da segurança de Lula, Valmir Moraes da Silva, que depôs a favor do ex-presidente no caso do tripléx do Guarujá, pelo qual Lula acabou condenado a 12 anos e um mês de prisão. Após a solenidade, houve ato em favor da libertação do ex-presidente Lula. O protesto contou com a presença da presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann.

Depois de mais de 60 anos, pela primeira vez, a solenidade foi realizada em local fechado, fora da Praça Tiradentes. Foi criada em 1952, durante o governo de JK, para homenagear personalidades, sempre no dia 21 de abril, com quatro categorias: Grande Colar (Comenda Extraordinária), Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência. Nessa edição, não foi concedido o Grande Colar, reservado a chefes de estado. O local do evento foi o centro de convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).

Nesse dia, também a capital de Minas é simbolicamente transferida para Ouro Preto, em homenagem ao líder da Inconfidência Mineira, Tiradentes (alferes Joaquim José da Silva Xavier).

Leia (ou ouça) AQUI o discurso :

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