Anastasia tenta desvincular-se de Aécio
Ao aceitar ser pré-candidato, o tucano Antonio Anastasia reviu sua posição por duas razões principais. Primeiro, para evitar o desmanche do PSDB, com a ameaça de debandada para outros partidos no próximo dia 6 de abril, prazo final de filiações e mudanças partidárias. Sem um candidato a governador forte, que seja bom puxador de votos, e com os desgastes acumulados pelas acusações de corrupção que envolvem o senador e ex-líder tucano Aécio Neves, deputados buscavam alternativas para não perder o mandato. Outra razão é o contexto nacional, no qual surge a candidatura a presidente do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que esteve aqui há 15 dias e fez fortes apelos ao senador.
Tudo somado, o pré-candidato do PSDB impôs também algumas condições. A de que terá autonomia para montar a equipe e a chapa com a qual disputará a eleição. Traduzindo, sem a interferência e imposições do senador Aécio Neves e sua irmã, Andrea. Ou seja, Aécio não deverá integrar a chapa como candidato à reeleição ao Senado. Anastasia deixou essa bomba para os aliados e embarcou para o exterior, de onde voltará somente em abril. Ou seja, restará a Aécio disputar uma vaga para deputado federal ou dar um tempo na política, para se defender junto aos tribunais das graves acusações que pesam contra ele.
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