Só a prisão ou impedimento barra eleição de Lula
Especialistas avaliam que o petista só não será presidente de novo se for preso ou impedido de disputar as eleições deste ano. Embora tenha sido o político mais acusado e exposto na mídia, seu favoritismo já estaria batendo a casa dos 40% Ainda assim, lidera o processo eleitoral que mal começou. Ou seja, o estrago maior à sua reputação já teria acontecido.
Ao contrário de sua primeira eleição (2002), Lula não será, desta vez, ‘Lulinha paz e amor’, porque não precisará contar com o apoio da classe média. A turma que o está sustentando pede o combate. Com esses 40%, vai falar só para eles e, assim fazendo, ganha a eleição.
Os petistas calculam que Lula chegará até 12 de setembro à base de recursos judiciais. Seu candidato a vice deverá ser o ex-governador baiano e ex-ministro Jaques Wagner. Como Lula é favorito, não precisa buscar o vice em uma composição. Se for impugnado, transfere os votos para Jaques Wagner, que é o preferido do PT para a montagem da chapa.
Se Lula alcançar mesmo os 40%, restará aos outros presidenciáveis dividir o percentual de 30%, já que os outros 30% seriam de abstenção, brancos e nulos.
Apesar de ter sido o político mais investigado e atacado, Lula mantém o favoritismo por três razões: primeiro, tem um legado de sua passagem pela Presidência; segundo, enfrentou os próprios problemas de peito aberto, o que fortaleceu a si mesmo e aos simpatizantes. Em terceiro lugar, a maneira como Dilma foi destronada e a chegada do Temer reforçam, com muito vigor, que as acusações contra Lula seriam bem menores do que as de Temer, Maluf, Aécio, entre outros.
Amanhã, acontece, então, o julgamento, até agora, mais importante do ano e, como tal, Lula vai fazendo uma limonada desse limão, dando repercussão e discurso à sua candidatura presidencial neste ano e apresentando-se como vítima de uma “conspiração”.
FOTO jornal GGN: Luiz Inácio Lula da Silva