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Pimentel tenta evitar crescimento da 3ª via na eleição

Na trégua que o recesso de janeiro permitiu até agora, o governador Fernando Pimentel (PT) e seu grupo discutiram várias estratégias e frentes para as eleições deste ano. Entre elas, a que prosperou, e já está em execução, pretende reduzir o número de candidaturas viáveis ao governo de Minas. Objetivo: evitar o surgimento de uma terceira via na disputa eleitoral, a exemplo do que aconteceu na eleição municipal passada, quando Alexandre Kalil (PHS) se elegeu prefeito de Belo Horizonte A propósito, o nome de Kalil é o que mais desponta nas pesquisas como uma terceira via competitiva. Ele é um dos alvos do governador para que não entre na disputa. Para sorte de Pimentel, não é projeto do prefeito entrar na disputa em função, especialmente, do estrago das contas públicas estaduais. As mesmas pesquisas adiantam que Kalil será um dos principais cabos eleitorais na sucessão estadual. Mas, ao contrário, ele pretende tirar vantagens, de vários lados, de eventual neutralidade na campanha. O segundo alvo dos petistas é o ex-prefeito da capital Marcio Lacerda (PSB), estimulando-o a trocar a disputa pelo governo para uma das duas vagas de senador. Um emissário já levou essa proposta a Lacerda. Afinal, o que deseja Pimentel com essa estratégia? Qual é sua preocupação? Pesquisas apontaram que o governador teria 26 pontos, o que não representa boa avaliação para quem foi eleito com 56%. Há indicadores de fragilidades em vários setores, especialmente no funcionalismo, que recebe os salários e décimo terceiro de forma parcelada, e entre os prefeitos mineiros, que sofrem com atrasos nos repasses de ICMS.

Com menos candidatos viáveis, ele poderia evitar uma terceira via e garantir a polarização com os tucanos, o que poderia diminuir suas dificuldades. Ou seja, PT x PSDB em um cenário nacional no qual o ex-presidente Lula é favorito, e os tucanos perderam o discurso. O governador receia ser derrotado em ambiente não tradicional, que ofereça opções que se identifiquem com propostas de renovação política. Por isso, idealiza a tradicional polarização entre o seu grupo, liderado pelo PT/PMDB, contra o grupo dos tucanos e aliados. A reedição do confronto de PT com o PSDB e aliados favorece Pimentel, já que o desgaste dos rivais é maior e, no plano nacional, o PT de Lula deverá ser, caso não seja impedido, o líder da campanha presidencial. Se a estratégia petista for bem-sucedida, poderemos ter as mesmas propostas eleitorais dos últimos anos, apesar de o eleitor cobrar novidades. Embora o ambiente eleitoral seja favorável a uma terceira via, também não há nomes disponíveis para trafegar por ela. Outros cenários discutidos por seus aliados avaliam as chances de o governador disputar o Senado em vez da reeleição. Nessa ótica, a estratégia favoreceria a primeira-dama e presidente do Servas, Carolina Pimentel, permitindo que se candidate para deputada federal em busca do foro privilegiado. Como o governador, que é já réu no Superior Tribunal de Justiça, ela também enfrenta denúncias no mesmo processo.

FOTOS EBC E REPRODUÇÃO DO PORTAL BHAZ: Pimentel, Lacerda e Pacheco são pré-candidatos a governador

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