Ministro vem a BH pela reforma da Previdência
A um mês e dois da votação, ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, vem a BH, na quinta, atrás de apoio para a reforma da Previdência. Vai encontrar?
Ele vai encontrar muito apoio porque só vai falar para um público e que quer a reforma da previdência. Os empresários apoiam e cobram a reforma nas aposentadorias, mas, como a maioria defende só a mudanças na gestão dos números, entre superávit e déficit das contas oficiais. Ninguém aponta aonde as aposentadorias devem ser mexidas; aí os mais pobres e mais dependentes da previdência são também os mais afetados.
Nesta quinta (18), o ministro Carlos Marun, aquele mesmo que ficou famoso pela defesa quase que cega que fez de Temer e ainda dançou para comemorar a vitória, ele vai se encontrar com os empresários numa reunião na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Ele vem buscar apoio à reforma da Previdência, mas reúne-se somente com o empresariado que já apoia a mudança. Deputados não deverão comparecer.
O encontro deverá servir para que os empresários confirmem a vontade política do governo em fazer a reforma e para que eles pressionem os políticos a aprová-la. Os políticos, em ano eleitoral, fogem desse assunto como quem foge de uma derrota nas eleições.
Participam do encontro, as entidades que já assinaram, em dezembro passado, manifesto favorável, como a CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte), Fecomércio-MG (Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo), Ciemg (Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais) e Ocemg (Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais).
O ministro vai dizer que o governo está disposto a negociar os pontos da reforma, desde que mantida a essência da proposta. Ontem, ele esteve em São Paulo, onde se encontraria com empresários paulistas na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com o mesmo objetivo.
Além de empresários, Marun está com a missão de convencer líderes evangélicos, já que suas bancadas manifestam resistência na votação da reforma, que está prevista para o dia 19 de fevereiro.
FOTO REPRODUÇÃO DO SITE PRAGMATISMO POLÍTICO