CPIs investigam serviços da Copasa no interior
Os serviços da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), estão sendo investigados por CPIs em 19 cidades mineiras, entre elas, Carmo do Rio Claro (Sul). De forma geral, os serviços e as taxas cobradas estão sendo questionados, como aconteceu na audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa realizada, nesta segunda (9), em Carmo do Rio Claro.
O principal problema apontado foi com o esgotamento sanitário, serviço que não estaria sendo prestado pela empresa, apesar de estar sendo cobrado nas contas de água. Em CPI, os vereadores desta cidade estão investigando a atuação da estatal em alguns bairros, onde, segundo eles, o esgoto é jogado in natura em frente às casas, enquanto em outros é lançado nos córregos que deságuam no Lago de Furnas.
De acordo com os vereadores, a taxa de esgoto corresponde a quase 50% da conta de água onde há apenas a coleta de resíduos. Nos locais com coleta e tratamento de esgoto, essa taxa equivale a mais de 90% do valor da conta de água. Segundo os participantes da audiência, o tratamento do esgoto só começou a ser estruturado em 2016, oito anos depois do início da cobrança pelo serviço.
Os representantes da Copasa afirmaram que os investimentos para melhorar os serviços estão em conformidade com o cronograma pactuado no contrato assinado com a prefeitura. De acordo com Cristiano Lara, gerente de concessões, a Copasa era responsável apenas pelo fornecimento de água até 2007 e, naquele ano, o município contratou o serviço de esgotamento sanitário.
“Não tem como implantar tudo isso de uma hora para a outra. Isso é feito de forma gradativa, até universalizar o serviço”, disse o gerente, afirmando que o cronograma para tais obras tem sido cumprido. Ele informou ainda que as tarifas não são determinadas pela Copasa, mas pela Arsae-MG, a agência reguladora do setor.
FOTO Guilherme Bergamini/ALMG: Audiência pública em Carmo do Rio Claro (Sul)